Texto 8- As Civilizações De Valdar e Tridana

O menino, depois de dar à costa exausto, encontrou-se numa ilha desconhecida e deserta à primeira vista. O peixe estava ao seu lado, e, embora tivessem sobrevivido ao naufrágio, eles não faziam ideia do que os esperava. Em breve, o menino foi encontrado por um grupo de habitantes que o levaram para a sua aldeia, Valdar. Ao longo dos meses que se seguiram, o menino integrou-se na comunidade de Valdar. Era uma civilização vibrante, marcada por tradições de sobrevivência e um forte sentido de união. O menino, que mostrava coragem e engenho, foi-se tornando uma figura respeitada entre eles, e, com o tempo, foi escolhido para liderar Valdar.

Ele aceitou a responsabilidade, mas no fundo sentia uma nostalgia inexplicável, como se uma parte da sua vida estivesse perdida ou ainda por encontrar. O que o menino não sabia era que, do outro lado da ilha, os seus pais também tinham sobrevivido ao terramoto e à deriva no mar, sendo encontrados por habitantes de outra civilização: Tridana. Assim como o menino, eles foram bem recebidos e, com o tempo, a sua experiência e liderança natural fizeram-nos ganhar a confiança dos habitantes. Eventualmente, foram escolhidos para comandar Tridana, mas o peso da perda do filho nunca os abandonou. Ambos acreditavam que ele não havia sobrevivido, mas tentavam seguir em frente, dedicando-se ao povo de Tridana.

A ilha, contudo, estava dividida. Havia uma rivalidade antiga entre Valdar e Tridana, alimentada por desentendimentos sobre recursos e território. Os habitantes de Valdar consideravam-se guardiões das florestas e dos rios centrais da ilha, enquanto Tridana, situada nas montanhas, via-se como a verdadeira herdeira das terras mais antigas e sagradas. Ambos os lados viviam em tensão constante, embora evitassem confrontos diretos. A situação começou a mudar quando Valdar, sob a liderança do menino, decidiu expandir a sua influência para além das florestas, buscando territórios de caça nas montanhas próximas. Esta decisão foi vista por Tridana como uma ameaça direta, e os pais do menino, agora líderes de Tridana, decidiram confrontar os habitantes de Valdar.

Num dia marcado para a reunião entre líderes, o menino e os seus pais estavam finalmente face a face – sem se reconhecerem ao início. Mas, enquanto os dois lados discutiam os limites territoriais, algo começou a mudar nos olhares, nas expressões, nos gestos familiares. Os pais notaram a semelhança do líder de Valdar com o filho que haviam perdido, e o menino sentiu uma conexão inexplicável com os líderes de Tridana. O peixe, que o menino sempre carregava, nadava agitado na bolsa de água que ele trazia pendurada. Em certo momento, o pai do menino deu um passo à frente, encarando-o de perto e perguntando-lhe o nome. Ao ouvir o nome, seguido da história de como ele havia chegado à ilha, os pais compreenderam o que até então parecia impossível: aquele era o seu filho.

O reencontro foi interrompido pela tensão crescente entre os dois lados, mas a verdade daquele laço fez nascer uma nova esperança entre eles. O menino e os seus pais perceberam que, se unidos, poderiam acabar com o conflito que dividia a ilha. Juntos, os líderes de Valdar e Tridana começaram a trabalhar para reconciliar as civilizações e construir um futuro onde as antigas rivalidades dariam lugar à paz. Agora, unidos como família e como líderes, enfrentariam os desafios da ilha juntos, tentando construir uma nova era Valdrana , a civilização oriunda das duas civilizações.

Autores: Ora Glasgow , Tristan Nijenhuis, Joel Marques, Bruna Correia.

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