Bem-vindos ao Clube de Escrita!

O Clube de Escrita do Agrupamento de Escolas de Arganil foi criado, sobretudo, para desenvolver o gosto pela escrita e proporcionar as condições necessárias à partilha de sentimentos (angústias, aflições, expetativas...). Nesse sentido, o papel desta página passará por ser, essencialmente, espaço de divulgação. Um lugar onde se cruzarão, inevitavelmente, os prazeres da leitura e da escrita. Será, se quiserem, um refúgio para quem gosta de escrever o que sente e de comentar o que lê. Quererá ser um espelho, ainda que virtual, da criatividade escrita dos alunos do nosso Agrupamento. Poesia, conto, opiniões sobre livros, ensaios, textos dramáticos... Tudo será recebido e publicado com entusiasmo, sempre com o fito de promover o espírito criativo e, quem sabe,  de 'descobrir' jovens autores. Uma missão grandiosa, só possível com a colaboração/participação de todos. 
 ©Soliddogma
©Soliddogma

50 anos de Democracia

Antes do dia 25 de abril

Ninguém tinha liberdade

Mas com esta insegurança febril,

Vou contar a verdade.

Neste dia importante

Toda a gente ficou feliz

Já Caetano sentiu-se infeliz

Deixou de ser governante.

Salgueiro Maia e seus homens

Foram muito corajosos

Não foram medrosos

E conseguiram-nos os bens.

Celebramos os 50 anos

Deste dia histórico,

Mas não fiques eufórico

Pois ainda pode haver danos.

© Bernardo Castanheira, 8ºA_EB23 Arganil

Imagem via Freepik.com
Imagem via Freepik.com

Olhar o mar

O 'olá' parece estranho

Ao olhar para o mar.

Mas se o mar trouxer lembranças

O 'olá' faz lembrar

As mudanças do passado

Das maravilhas deste mar.


© Martim Batista

©Eugene Frost
©Eugene Frost

Ousem sonhar! 

Nestes tempos de guerra

Sonhar é o último recurso.

Que cada um tenha direito a uma terra

Para que o mundo siga o seu curso.

Outro problema me consome

Como o flagelo da fome

Aí, agir é importante

E acabar com situação gritante.

Sonhar? Como não?

Ousar? Claro que sim!

Lutemos até ao fim

Pela paz e pelo pão.

© Bernardo  Castanheira, 8ºA_EB23 Arganil

©Eusemfronteiras
©Eusemfronteiras


O cérebro diz

O que o coração quer calar

As mãos são intermediário

Que escreve o que o cérebro diz

Mas com as vírgulas do coração

Como veias de intercepção entre capilares e paixão.


© Martim Batista 

©Beatriz Gama
©Beatriz Gama

A Rapariga dos Olhos Bicolor 

(Extras, fora de história, para despertar curiosidade)

Notas prévias:

- A autora está a escrever a história principal que, provavelmente, não publicará aqui. Mas escreve estes capítulos para despertar a curiosidade dos leitores. Lembrando: não é necessário conhecer o enredo principal do livro para se compreender os capítulos extra, pois as informações sobre as personagens serão descritas, mesmo que às vezes indiretamente.

- Os capítulos serão "mini-histórias" que começam e acabam no mesmo capítulo, sendo cada capítulo um extra diferente. A maioria delas NÃO será em volta da protagonista NEM do enredo principal.

I – Amigo Secreto

Era dia 1 de dezembro, um feriado comum a todas as ilhas. Bem, não era a todas as ilhas e nem todas as pessoas o comemoravam. De acordo com a História do arquipélago, no dia 1 de dezembro celebrava-se a morte de um grande guerreiro, que se sacrificou por um reino, pelo reino antigo e luminoso, onde hoje em dia é a agitada e contente Aldeia do Sol. Esse guerreiro chamava-se Allexander Gold, filho do rei do Sol.

  • Então, nós celebramos o 1º de dezembro em nome de um dos "heróis" do arquipélago? - pergunta Thomas a Mirko, enquanto ambos andavam apressados, disfarçados nas ruas da cidade de Ouros, em Erebos.

Tinham acabado de ir fazer as compras da semana no supermercado do centro e quase foram avistados por uma senhora baixa de cabelos grisalhos, que já tinha alguma idade. Thomas e Mirko estavam na lista de criminosos mais procurados de toda a Nemésis.

  • Pois é Toms... mal eles sabem os males que esse homem cometeu "em prol de um mundo melhor", dizia ele... - Mirko suspirou, com um saco grande e pesado na sua mão esquerda, que carregava com pouco esforço. - Mas vamos deixar isso de lado por hoje, temos de reunir o resto do pessoal na sede.
  • Ainda não me contaste o porquê de reunirmos hoje. O William disse que em dezembro estávamos dispensados de reuniões! - Thomas falou desconfiado dos motivos da amiga.

Os dois jovens de 15 anos prosseguiram, caminhando apressadamente, até alcançarem um beco escuro. Ambos retiraram os casacos pesados que usavam. O de Thomas era de um couro castanho-escuro, enquanto o de Mirko era preto. Guardaram-nos nos sacos de compras. Das costas de Mirko, um par de asas grandes, volumosas e brancas se estenderam e espreguiçaram e algumas penas se soltaram com este gesto. Nas costas de Thomas, duas asas vermelhas e escamosas, dignas de um dragão, apareceram. Não estavam em tão bom estado como as de Mirko, estavam queimadas nas pontas e rasgadas violentamente em algumas zonas.

  • Já consegues voar bem, Toms? - pergunta Mirko, observando o par de asas do amigo e o péssimo estado em que se encontravam.
  • Não sei... - ele suspira – as pessoas não gostam mesmo de mim...

Thomas olhou para suas asas e depois para a amiga com um olhar doloroso, quase em lágrimas, só de relembrar sua infância.

  • Vá... Toms isso já foi há muito tempo... Anda, eu levo-te. - Mirko sorriu amavelmente.
  • E veste o casaco que está frio.

Thomas sorriu e voltou a vestir o seu casaco de couro escuro. Os seus cabelos loiros brilhavam ao luar, assim como seus bonitos olhos azuis, que reluziam como duas safiras. Mirko entregou o saco que segurava ao loiro, este, pegou-lhe com sua mão desocupada. A outra agarrou-o pelas costas e ergueu-se no ar fresco da noite. Logo estavam a voar, livres e soltos como um falcão. Voavam sobre os arranha-céus da luminosa cidade de Ouros e, num piscar de olhos, encontravam-se no local que chamavam de "passagem".

Mirko voltou a vestir o seu casaco preto, apesar do frio não lhe fazer muita diferença. Pararam em frente a uma porta de madeira escura e robusta. A maçaneta de ouro reluzia na luz dos candeeiros brilhantes da rua escura. Mirko bateu suavemente na madeira da porta, que logo foi aberta e um calor agradável foi transmitido através da rua fria e da casa amigável. Uma voz falou, cortando o silêncio como uma navalha:

  • Eu avisei para levarem as chaves! E se eu não estivesse?
  • Abre-lhes lá a porta, os putos estão ao frio, Alexis! - uma voz comentou, um pouco mais distante e madura.

A porta abriu-se com um chiado e logo a mesma voz amável reclamou, mais irritada:

  • Eu não te disse para pores óleo na porta, William Blade?!
  • Deixa os putos entrar, amor...

Mirko e Thomas riram-se pela pequena discussão que os dois tinham sempre sobre a porta sem óleo, ou sobre a Mirko nunca saber onde pôs as chaves de casa. Eles entraram dentro da casa e depois de um pequeno corredor, havia uma sala. A sala era iluminada por uma suave luz quente dos candeeiros, acompanhados das chamas reluzentes da lareira acabada de acender. No meio da sala havia um sofá castanho de pele de algum animal. Ao lado do sofá encontrava-se um suporte para guitarras que, no momento, estava vazio. Ocupando o sofá confortável, estava um homem nos seus 40 anos, com sedosos e brilhantes cabelos castanhos chocolate onde se destacava uma única madeixa branca. O seu cabelo cobria a metade esquerda da face. Na parte que mostrava, existia uma grande cicatriz de uma explosão, uma história de outros dias, de outros anos, séculos na verdade. No nariz, estavam apoiados um par de óculos, redondos como a lua. Um sorriso amigável no rosto combinava com seus olhos de amêndoa, que refletiam as chamas da lareira. Usava um casaco como o de Thomas, sob o qual vestia uma fina blusa de lã de uma cor amarelo-torrada. As calças eram castanhas-escuras e calçava botas altas de couro, que parecia que nunca haviam sido amarradas antes. Esse homem era o grande William Blade, o criminoso mais procurado antes e depois da sua morte e segurava a sua guitarra acústica, que era feita de uma madeira clara mas muito velha. Seu parceiro, Alexis Donald, o que abrira a porta aos dois jovens, tinha cabelos negros pelo ombro. Seu olho esquerdo, agora cego, era atravessado por uma grande cicatriz e o direito era escuro como a noite. Usava uma camisa branca, calças de ganga negra com um cinto e suspensórios da mesma cor e, ao contrário das botas robustas de William, usava sapatos limpos e brilhantes. Tinha um sorriso lindo, um dos seus dentes era de ouro, substituindo um que perdera em batalha.

Thomas seguiu para a cozinha e deixou os dois sacos em cima da mesa comprida. sempre se perguntou o porquê de os dois criminosos terem uma mesa tão comprida, sendo que normalmente eram só cinco na casa, até porque não tinham muitos amigos, não é?

  • Big A – Mirko chamou Alexis, pelo seu apelido de amigos, o que era normal naquela casa – desculpa não ter dito antes, mas chamei o resto da Organização para jantar aqui hoje.
  • Tu fizeste O QUÊ?! - o adulto respondeu, não só elevando o tom de voz, mas também se mostrando estranhamente preocupado. - Não arrumei nada, e não tenho o jantar pronto, quer dizer tenho jantar, mas é só para nós os cinco!
  • Alexis, se a Mirko te está a avisar agora, é porque já tem solução. É coisa dela, não é Mirko? - William olhou de relance para a rapariga.
  • É claro, disse a todos que era jantar partilhado, e todos vão trazer algo para trincar. - Ela começou, sendo interrompida logo a seguir.
  • Mas nós não temos nada para Thomas! - Mirko chamou.
  • Partilhar! - Alexis prosseguiu com o seu argumento.
  • Já levo M! - Pouco depois, Thomas dirigiu-se à sala com um bolo de chocolate em mãos - O precioso bolo de chocolate do Thomas!

Uma expressão de orgulho brilhava nos olhos azuis de Thomas.

  • Fizeste isso agora? - Alexis pergunta surpreso.
  • Fiz sim. - Thomas continuou com orgulho.
  • Como? - Alexis continuava a suspeitar do loiro – Era para eu ser o mais rápido a cozinhar aqui em casa...

Antes de conseguir terminar, alguém bateu à porta. Mirko dirigiu-se à mesma, abrindo-a. Do outro lado, esperavam-na dois rapazes altos, um deles com a face ligeiramente mais rosada do que o outro, tinha o cabelo pintado, metade preto e metade branco e os olhos eram de um violeta vibrante chamativo.Tinha algumas manchas pretas que sobressaíam na pele pálida das suas orelhas. Usava calças negras largas, que combinavam com os seus característicos All Star pretos e roxos. Na metade superior do corpo, vestia um hoodie preto com uma coroa completamente violeta ao centro. Debaixo da mesma, estava escrito "If the crown fits, wear it!" em letras bem desenhadas da mesma cor que a coroa. O outro rapaz tinha cabelos encaracolados negros que nas pontas tinham um tom de roxo mais virado para o azul. Em sua face, tinha marcas de ondas da mesma cor que o cabelo, assim como sardas castanhas-claras descansavam em suas bochechas. Usava uma camisa havaiana com padrões florais, em tons de laranja e verde e nas pernas vestia calças de ganga clara e umas sapatilhas brancas simples nos pés, este carregava um saco branco de plástico.

  • Touya, Mark! - Mirko afirmou alegremente – Podem entrar!

Touya, o de cabelos encaracolados, entrou, mas Mark continuou lá fora.

  • O-Olá Mirko...! - começou - Tudo bem?
  • Sim, está tudo bem. Só acho melhor entrares – ela toca-lhe suavemente nas bochechas e depois em suas mãos - estás a ficar com frio.
  • Ah.. Sim!
  • Lá dentro falamos melhor - ela sorri, deixando o rapaz entrar e fechando a porta atrás de si.

Quando entrou, já Touya se havia instalado no sofá assim como Thomas, que conversavam. William havia subido as escadas de madeira, Alexis continuava a olhar os adolescentes, pensando como é que, de um dia para o outro, Mirko tinha conseguido chamar TODOS os membros da OCN (Organização de Criminosos de Nemésis). Pouco depois, bateram de novo à porta. Mirko voltou a abrir, lá fora, encontrava-se uma rapariga pouco mais baixa que a loira, usava óculos, seus cabelos negros chegavam-lhe aos ombros, seus olhos eram escuros como a noite, que faziam contraste com sua pele pálida. Usava uma blusa larga de lã cinzenta com uma camisa branca por baixo, também vestia umas calças de ganga negras, por último, usava botas pretas.

  • Isabella! Amiga, disseste que vinhas com gente, onde estão? - Mirko comentou, olhando em volta da outra.
  • Estão a chegar, descansa Mimiko – Isabella sorri.
  • Não me chames assim! - Mirko responde envergonhada, com as bochechas rosadas.

Isabella abraçou-a, sussurrando-lhe ao ouvido:

  • Temos de falar, mais tarde.

Mirko engoliu em seco, mas concordou, acenando com a cabeça:

  • Vamos divertir-nos hoje Isabella... deixamos o assunto para amanhã.
  • Como queiras – ela entrou dentro de casa – os outros estão a chegar em menos de cinco segundos.

E como previsto, pouco depois, mais gente apareceu em frente da porta. Mirko sorriu ao ver Timmy, Nick, Annika, Jack e Niki. Timmy era o mais novo do grupo, com 13 anos, seus olhos e cabelos eram castanho-escuros, usava um hoodie vermelho e calças de ganga azul-claro, calçava sapatilhas da Nike que eram brancas como a neve. Nick era o mais alto do grupo de cinco, tinha a mesma cor de cabelo e de olhos que Timmy, vestia uma sweater de cor cinzenta juntamente com calças de fato de treino negras e sapatilhas altas da mesma cor. Já Annika, vestia um macacão de seda branco, era largo e tinha dois bolsos e um casaco de ganga clara pelos ombros. Seus olhos eram completamente brancos, não por ser cega, até via mais que os outros. Em vez de orelhas, tinha penas cor de mel e brancas, debaixo de seu casaco, escondia um par de asas parecidas com as de Mirko, mas douradas. A asa esquerda encontrava-se queimada. Niki e Jack usavam roupas iguais: calças de ganga, uma blusa de manga comprida de um azul primário ligeiramente mais escuro que o normal, com riscas pretas na horizontal. Por fim, vestiam um casaco de ganga. Niki tinha o cabelo de um belo tom de cor-de-rosa pastel caindo para um vermelho-sangue nas pontas, seus olhos eram amarelos com pupilas afiadas. Jack tinha cabelos ondulados castanhos, que não passavam das orelhas. Tinha um olho azul e outro vermelho.

  • Podem entrar! - Mirko diz, depois de cumprimentar todos e agarrar o saco que Jack segurava. - Falta só chegar a Mika.... pensava que o Mark a trazia... MARK!!

Ela chama, e o rapaz aparece à frente dela num piscar de olhos, encostando-se à porta.

  • Sim? - ele pergunta.
  • Onde está a Mika? - ela responde, com outra pergunta.
  • Dá-me dois segundos. - ao dizer isto, teletransporta-se e desaparece.

Depois de alguns segundos, reaparece em frente de Mirko com uma menina, que devia ter 10 anos, com cabelos ruivos entrançados e olhos cor de vinho. Usava um vestido rosa com mangas compridas e largas e poucos folhos na saia. Tinha o seu característico casaco branco pelos ombros. A menina atirou-se aos braços de Mirko, que se ajoelhou para ficar da altura dela, recebendo-a num caloroso abraço. Mika, logo depois, dirigiu-se para a sala, deixando Mirko e Mark sozinhos. Mirko tropeça ao levantar-se e Mark agarra-a por um braço, trazendo-a para perto e impedindo-a de cair.

  • Obrigada, Mark. – Mirko disse, tentando abafar o quanto as suas bochechas estavam rosadas.
  • Sem problemas – o rapaz responde, corando quando repara que já não segurava Mirko pelo braço, mas sim pela cintura.

Os dois se olham durante uns momentos, em silêncio. Um minuto, dois minutos... e o tempo continuava a passar.

  • Não temos o dia todo, pombinhos. Ou se beijam de uma vez por todas ou vêm jantar - uma voz jovem e ligeiramente rouca diz. Era Toby, irmão adotivo de Mirko.

Os cabelos castanhos do rapaz iam ficando mais claros, da raiz para as pontas. Um dos seus olhos era azul-céu, o outro, marcado por uma grande cicatriz, era amarelo, um amarelo radioativo. Sua pupila era, nem mais nem menos, um símbolo de radiação, que rodava em torno de si próprio, lentamente. O rapaz tinha acabado de sair do duche. Vestia uma camisa verde floresta, mal apertada e desajeitada, assim como calças de ganga. Mark larga Mirko e ambos caminham atrás de Toby, para a grande mesa de jantar, onde já todos se encontravam sentados.

Todas as 14 pessoas daquela sala, jantavam e conversavam alegremente, até podiam ser os maiores criminosos de todo o arquipélago, mas era ali que todos pertenciam. Não eram só parceiros, colegas ou companheiros no crime... eram amigos, os melhores amigos, e para Mirko, Toby e Thomas, eram família.

Mirko, então, interrompe o ruído, levantando-se da sua cadeira e fala:

  • Hoje, dia 1 de dezembro, nós não celebramos o grande "herói" de Nemésis - Mirko faz as aspas com os dedos, arrancando uma gargalhada a William e a Alexis. - Para substituir isso, eu e o meu irmão, Toby – o mesmo recebe olhares de toda a gente retribuindo com um sorriso amigável - preparámos uma surpresa! Amigo secreto!
  • Fogo, Mirko! - Jack gritou.

Niki riu-se alto, quase caindo da cadeira, agarrando-se a Jack.

  • O que se passa, J? - Thomas pergunta.
  • Apostei um jantar no Devil's Diner com a Niki...
  • E perdeste a aposta, fofo. - Niki continuava a gargalhar.
  • O restaurante dos meus pais? - Timmy entra pela primeira vez na conversa.
  • Jack! O restaurante 5 estrelas mais caro de toda a Nemésis?! - Nick quase salta da cadeira ao ouvir o nome do restaurante - Estás lixado companheiro. - Nick dá-lhe umas palmadinhas nas costas, como um quase consolo.
  • E ainda podia chamar mais uma pessoa, não é Jack? - Niki provoca.
  • É sim... - ele concorda com um sorriso.
  • Mano, o que é o Devil's Diner? - Mika pergunta, inocentemente.
  • É um restaurante incrível! Não digas a ninguém, mas o mano está a pensar em levar a Mirko lá. - Mark sussurra ao ouvido da mais nova.
  • Bem, prosseguindo. Toby, traz o saco - o mais novo levanta-se e sai da sala de jantar, voltando uns momentos depois, com um saco de tecido castanho-claro nas mãos - cada um irá retirar um papel com o nome de alguém daqui do saco, e não poderá revelar a ninguém quem lhe calhou.

Formou-se uma fila à frente de Mirko. Todos retiraram os seus devidos papéis. Algumas caras mostravam surpresa, outras, mostravam-se pensativas ou confusas. Mirko foi a última a tirar. Ela gostou da pessoa que recebeu. Vai ser, deveras, fácil de arranjar um presente para ele.

© Beatriz Gama

Camões

Estes poemas são da autoria de Luís Vaz de Camões, poeta português e autor d' Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.

Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa em 1524 e morreu em Lisboa em 1580. Reza a lenda que foi no Norte de África que perdeu um dos olhos, enquanto combatia os Mouros na conquista da cidade de Ceuta.

Nestes versos, o poeta fala sobre a importância do amor.

©Guilherme Nunes10E_TAS

Pardieiros, a incrível terra dos Colhereiros de Pau 

Pardieiros é uma aldeia da freguesia de Benfeita, concelho de Arganil, inserida na paisagem protegida da Serra do Açor. O verão é a melhor estação para visitarmos a incrível Fraga da Pena, que faz parte do nosso património Natural. Já no inverno, a Mata de Margaraça ganha uma beleza própria, sobretudo nos anos em que neva. Em 2017, este belo espaço sofreu muito com os incêndios.

No que toca ao património cultural, temos, por exemplo, a Igreja Matriz, a música dos Bombos de S. Nicolau e seus cabeçudos e ainda o artesanato das colheres de pau.

Se quiser pernoitar na nossa aldeia, temos à vossa espera alojamento rural e restaurante

©Ana Viana 8ºA_Coja

Istockphoto
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O inverno

Bravo inverno!

Que trazes chuva com frio

Não és como o inferno

Mas também dás calafrio.

Com o gelo imenso

Fica tudo tão intenso

E com a neve branca

Fica tudo de carranca

Quando começas a aparecer

Logo nos trazes o frio

Há quem acuse arrepio

Outros tendem a esmorecer

Já eu sou feliz

Pois com ele fico beliz!


Bernardo Castanheira (8ºA_EB23Arganil)

Imagem via Hypescience
Imagem via Hypescience

Cantiga de Amigo

Ai flores, Ai Flores do Verde Pino


Ai flores, ai flores do verde pino

Se sabedes novas do meu amigo?

Ai Deus, e u é?

Ai flores, ai flores do verde ramo,

Se sabedes novas do meu amado?

Ai Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,

Aquel que mentiu do que pôs conmigo?

Ai Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,

Aquel que mentiu do que mi há jurado?

Ai Deus, e u é?

Vós me perguntades polo voss'amigo,

E eu bem vos digo que é san' e vivo.

Ai deus ,e u é?

Vós me perguntades polo voss'amado,

E eu bem vos digo que é viv'e sano.

Ai deus, e u é

E eu bem vos digo que é san'e vivo

E será vosco ant'o prazo saído.

Ai deus e u é?

E eu bem vos digo que é viv'e sano

E será vosco ant'o prazo passado

Ai Deus ,e u é?

(El-Rei D.Dinis)

Esta cantiga de amigo é um dos poemas mais conhecidos da nossa poesia trovadoresca, escrito pelo Rei D. Dinis I, Rei de Portugal e marido de Isabel de Aragão.

Neste poema, é contada a história de uma donzela que está desesperada por saber notícias sobre o seu companheiro que foi para a guerra.

Na imagem, podemos visualizar cidadãos trajados à época medieval.

Guilherme Nunes_10ºE TAS

Barril de Alva

Barril de Alva é uma povoação que tem muitos pontos de interesse, nomeadamente o Rio Alva e as suas praias fluviais.

Mas, e no inverno? O que nos pode proporcionar Barril de Alva?

Podemos sempre ir ao café/minimercado "Vira-Milho", ou então ir ver as saídas da Banda Filarmónica Barrilense. Se tal não for suficiente para vos convencer, sugiro então a Festa do Magusto organizado pela Associação Trust.

Por fim, dizer que gostaria que na minha aldeia ocorressem mais eventos culturais e que existissem mais espaços comerciais, como minimercados e cafés, por exemplo.

Vale a pena visitar!

Maria Santos_EB23 Mendes Ferrão

©Copilot(Microsoft)
©Copilot(Microsoft)

Os Caçadores de Mistérios

          Capítulo 2: A Mansão Abandonada

Os Caçadores de Mistérios ouviram um relato sobre uma mansão abandonada em Lisboa, na Rua Sr. Roberto III e decidiram ir ao local, para tentarem descobrir algo. Como viviam em Arganil, distrito de Coimbra, prepararam-se devidamente. Lanternas, telemóveis, mantimentos, …

Quando o pai do Igor os transportava de carro para Lisboa, o Pedro disse:

- Esta viagem está a demorar muito, quanto tempo ainda falta?

O Pai do Igor respondeu:

- Ainda devem faltar uns 50 minutos para chegarmos.

A ansiedade ia-se instalando até que, finalmente, os Caçadores de Mistérios chegaram à rua Sr. Roberto III. Era um lugar envolvido por uma aura sombria e misteriosa. O pai de Igor afirma:

- Miúdos, tenham cuidado por favor!

Os três responderam, ao mesmo tempo:

-Sim, vamos ter cuidado!

Estavam mesmo à frente da portaria da Mansão e o Gabriel diz:

- Como vamos entrar se o portão está trancado?

- Gabriel, eu trouxe um pé-de-cabra! – responde Igor, tentado abrir a fechadura. Esta cedeu e conseguiram entrar. Estava escuro e eles começaram a ouvir barulhos estranhos, reparando que havia janelas destruídas, paredes rachadas. Algumas partes do telhado tinham caído.

A porta estava aberta, ligaram as lanternas e começaram a procurar pistas. Ouviam-se lobos a uivar, portas a ranger, enquanto passavam por um corredor. Até que ouviram um grito, que parecia vindo de uma mulher. Assustaram-se mas foram em direção ao som. Já no salão, não viram nada de suspeito. Nenhuma mulher, nada de estranho. Quando se viraram, apareceu um fantasma e eles gritaram, enquanto corriam para fora da casa. O fantasma seguiu-os e disse:

-BOOOOOO, o que vocês fazem aqui? -Não deviam estar aqui!

Pedro responde:

- Mas quem és tu? Os fantasmas falam!? Essa é nova!

E o fantasma pergunta:

-Mas…não estás como medo?

Pedro responde:

-Não, agora já não!

O Fantasma ficou com os olhos vermelhos e os Caçadores ficaram com muito medo e começaram a correr com todas as suas forças. Viram uma porta que dava para trancar por dentro e entraram. Cansados, entreabriram a porta, para perceberem se o fantasma ainda estalava por perto. E estava! Assustaram-se e fugiram cada um para o seu canto. O Igor e o Gabriel conseguiram chegar à portaria da mansão Igor atira:

-O Pedro ficou lá dentro! Temos de salvá-lo, antes que faça o nº1 nas calças... Gabriel responde:

-Eu acho que não chega a fazer o nº1, mas temos de salvá-lo.

-Pois, vamos parar de ser crianças! - diz Igor.

Igor e Gabriel voltaram para dentro da mansão e, quando viram o Pedro, correram até ele.

-Vocês ainda estão aí? Ainda bem, temos de capturar o fantasma.

-Para capturar o fantasma, temos de fazer uma armadilha! - respondeu Gabriel.

Igor disse:

-Agora somos o Scooby-Doo?

Pedro acrescenta:

Parece que sim, vamos parar de falar e fazer logo a armadilha!

Tinham cordas na mochila e montaram a armadilha. Depois fizeram "pedra, papel ou tesoura", para perceberem quem seria o isco. Igor perdeu e lá foi atrás do fantasma. Este aparece subitamente e Igor, assustado, correu em direção à armadilha. Igor saltou mas o fantasma ficou preso. Gabriel agarra na cabeça do fantasma e fica com uma máscara nas mãos!

- Olha quem é ele?! O Sr. RobertoIII!

Perceberam depois que o Sr. Roberto III queria ficar com todos os edifícios da rua com o seu nome, tentando assustar todos e, consequentemente, tornar-se o único proprietário!

- Eu conseguiria esta rua, se não fossem vocês, miúdos intrometidos! – atirou o Sr. Roberto III, visivelmente irritado:

No final, chegou a polícia, que prendeu o Sr. Roberto III, agradecendo o esforço dos Caçadores de Mistérios:

- Obrigado, miúdos! Sem a vossa coragem nunca teríamos descoberto o mistério desta mansão. Como forma de reconhecimento, o Presidente da Républica ofereceu-vos uma viagem ao Havai!

-Obrigado! Vamos divertir-nos muito!

Chegados a Arganil, prepararam- se para a merecida viagem e…novas aventuras.

©Pedro Ferreira_8A_EB23Arganil

©Revive (Quinta do Mosteiro de São Pedro de Folques)
©Revive (Quinta do Mosteiro de São Pedro de Folques)

Folques

(O Clube de Escrita propôs aos seus membros a elaboração de um texto sobre a sua terra. O primeiro a ser publicado é do Guilherme Nunes, sobre a freguesia de Folques)

Folques é uma freguesia portuguesa do município de Arganil, com 18,36 km² de área e 342 habitantes. A sua densidade populacional é de 18,6 hab./km².

Em Folques está situado o mosteiro de São Pedro de Folques, que servia para acolher alguns monges. Este mosteiro inclui numa quinta, onde podemos fazer formação relacionada com a jardinagem.

Podemos encontrar ainda por lá a capela de São Sebastião, com um lindo jardim para passar uma bela tarde em família.

Nesta minha terra, podemos desfrutar igualmente de uma belíssima zona de lazer, com uma piscina e um belíssimo parque de merendas onde existe um bar que funciona apenas durante a época balnear.

Folques é uma terra bastante acolhedora e as suas gentes são bastante simpáticas. Em todos os cantos da aldeia dá para visualizar o Santuário de Nossa Senhora do Monte Alto, um dos pontos mais altos do nosso concelho.

©Guilherme Nunes_ 10E TAS

©Copilot(Microsoft)
©Copilot(Microsoft)

Os Caçadores de Mistérios

Capítulo 1- O início

Em dois mil e três, um grupo de três amigos (Pedro, Igor e Gabriel) decidiram ver um filme sobre Mistérios. Escolheram a casa de Gabriel, para o efeito. Quando acabou o filme, cada um voltou para casa e foram dormir. Tudo muito normal, certo? Só aparentemente. No dia seguinte, quando acordaram, as notícias passavam relatos de acontecimentos muitos estranhos. Foram, pois claro, diretos ao WhatsMystery falar sobre o assunto. Aí perceberam que os três tinham visto as notícias. O Pedro começou, então, no chat:

- Hoje à tarde, depois das aulas, vamo-nos juntar na casa do Igor.

Igor e Gabriel concordaram.

Depois das aulas, juntaram-se na casa do Igor e falaram sobre o que acontecera. As notícias tinham dado conta de uma Mansão Abandonada e Igor disse:

- Essa mansão está abandonada há mais de três décadas e parece que pessoas viram coisas esquisitas lá dentro.

A conversa continuou à volta do assunto e facilmente concluíram que deveriam fazer algo. Investigar. Entusiasmados, atiraram, ao mesmo tempo:
- E se fôssemos descobrir os mistérios?

E, assim, estavam oficialmente criados os…"Os Caçadores de Mistérios".

©Pedro Ferreira_8A_EB23Arganil

©Portalidea
©Portalidea

Até já!

E, sem darmos por ela, cumprimos o primeiro ano do nosso Clube de Escrita. E o balanço deve orgulhar-vos:

- Terminámos o ano com vinte e três alunos inscritos;

- Publicámos quase três dezenas de textos originais, que variaram entre a poesia e as imaginativas aventuras, passando pelo ensaio e pelos sempre interessantes trava-línguas;

- A nossa página foi visitada mais de mil vezes para leitura das nossas/vossas participações;

- Um dos elementos do nosso Clube foi premiado em concurso literário.

Cumprimos, portanto, plenamente, a primeira fase do nosso projeto e a sua meta fundamental: "Desenvolvimento de rotinas de escrita/publicação de textos criativos, no sentido normalizar o gosto pela participação no projeto e de fazer crescer um grupo consistente de alunos que escreva com regularidade."

No próximo ano letivo, teremos novidades que divulgaremos oportunamente mas que se prendem, sobretudo, com o alargamento do nosso Clube aos alunos do secundário e EB2/3 de Coja, bem como a interação com outros projetos do nosso Agrupamento (Jornal escolar, por exemplo).

Contaremos convosco para o nosso crescimento.

Até já!

© O Clube de Escrita

© O Globo
© O Globo

Obrigado Escola, Clube de Escrita, Professores e Funcionários!

Agora que terminaram as aulas paras os nonos anos, venho falar da minha experiência nesta escola, dos professores que tive, do clube de escrita e também dos funcionários.

Gostei muito de estar nesta escola. Conheci pessoas novas, professores, funcionários, novos espaços. Todas as pessoas que conheci são simpáticas e sempre me ajudaram a ultrapassar as minhas dificuldades. Como foi o caso dos funcionários. Os professores foram aqueles que sempre me apoiavam e incentivaram-me a seguir os meus sonhos. Os meus colegas também me ajudavam sempre que precisava e não tenho palavras para os descrever. Quanto ao clube de escrita, eu só tenho a agradecer ao professor José António Duarte, porque foi esse professor que me deu apoio e algumas ideias para as minhas publicações. Na escola secundária vou continuar a participar neste clube, porque foi neste clube que eu pude partilhar as minhas ideias e gostos pela escrita. Agradeço a todos por tudo e lembrem-se: Para escrever é preciso ler. Obrigado e muito sucesso pela vossa vida.

© Guilherme Nunes

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My Hero - Academia

(história inspirada na série de animação japonesa My Hero) 

3 - Exame de admissão

Chegara o dia de irmos para a UA e fazermos os exames. Encontrámos a Daisy, que nos disse que o Katsuki já tinha entrado mas que ela tinha esperado por nós. Estávamos a andar até à entrada, quando o Izuku tropeçou e… começou a flutuar. Eu e Daisy não entendemos o que se passou. Olhámos para o lado e estava uma rapariga mais baixa do que nós, com cabelo castanho escadeado (mais comprido à frente do que atrás) com uma franja pequena penteada para o lado esquerdo. Duas bochechas rosadas mostravam numa cara redonda bastante amigável. Tinha dois olhos grandes e reluzentes e usava um casaco comprido, um cachecol xadrez, uma saia pelo joelho, colãs grossos e duas sabrinas nos pés.

-Estás bem? - perguntou ela.

Izuku M. - O QUÊ?!

-Desculpa-me por usar a minha habilidade. - disse ela generosamente – Mas ainda bem que não caíste: dá azar. O exame dá nervos, não é?

Izuku M. - Ahn, pois, aaah...

-Vá, boa sorte! Xau Xau!

Eu e a Daisy estávamos a rir baixinho, pois o eu estava a ler a mente do meu irmão e ele estava a pensar: "Conversei com uma miúda, sem ser a minha irmã e a Daisy!", mas o único problema é que ele não tinha dito nada de jeito.

Izumi M. - Pffffttt

Daisy B. - Hahahaahhaahahha

Izuku M. - De que se estão a rir??

Izumi M. - De nada Izuku descansa...

Já dentro do edifício, estava o Present Mic a começar o seu discurso/espetáculo:

Present Mic - Bem-vindos ao meu espetáculo do dia!! Everybody say HEY!! YEAHH!!!

Izuku M. - É o herói vocal: Present Mic! Brutal!!! Oiço-o na rádio todas as semanas. Que emocionante! Todos os profs da UA são heróis profissionais!

Katsuki B. - Cala-te.

Daisy B. - Que sorte.... Calhámos ao lado explosivo.

Izumi M. - Vocês os dois não se entendem mesmo. Só não comecem a fazer uma cena!

Present Mic - Candidatos tal como indicado nas diretrizes do exame, realizaremos um exercício de 10 minutos numa réplica da cidade!! Podem trazer o que quiserem! Dirijam-se para os locais designados depois da apresentação.

Katsuki B. - Parece que não deixam colegas cooperar.

Present Mic - O.K.!?

Izuku M. - Temos números de inscrição próximos, mas locais de exame diferentes.

Katsuki B. - Vou matá-los a todos. Queres ver que nem me deixam destruir-te...

Present Mic - No local de exame, há diversos vilões, divididos em três tipos. De acordo com a sua dificuldade de captura, são atribuídos pontos! Usarão as vossas habilidades para eliminar esses vilões. O vosso objetivo é acumular pontos!! Obviamente, comportamentos anti-heroicos, como atacar outros candidatos, são proibidos.

- Poderia colocar-lhe uma questão? No folheto são mencionados quatro tipos de vilões. Uma gralha deste tipo mancharia a mais prestigiada academia do Japão!! Nós candidatos viemos para esta instituição para seguir as instruções dos heróis!! Já agora, tu com o cabelo encaracolado.

Izuku M. - Eu?!

-Desde há pouco que andas com segredinhos. Andas a distrair os outros candidatos!! Se vieste para passear, mais vale abandonares a UA!

Izuku M. - Desculpem...

Izumi M. - Ei quem pensas que és para falares assim com o meu irmão?

Daisy B. - Izumi, para! - disse eu (agora é a Daisy que fala ok?), corria sempre mal quando alguém, sem ser o Katsuki, falava assim para o Midoriya ou sobre o mesmo, ela não sabe, mas descontrolava-se sempre...

Present Mic - Ok, ok. Obrigado pelo discurso, candidato 7111! O quarto tipo de vilão vale zero pontos. São bugs para atrapalhar! Alguma vez jogaram Super Mário? São como aqueles monstros que tentam esmagar! Em cada zona haverá um. Quando cercados, eles ficam loucos de raiva!

-Entendo.... São armadilhas que temos de evitar. Muito obrigado. Perdoe-me a interrupção. Parece que estamos a falar de videojogos. - disse aquele miúdo muito estranho, de quem não gosto nada, ninguém fala assim para o meu irmão!

Present Mic - Assim termino a apresentação. Mas antes, o lema da nossa academia, nas palavras de Napoleão Bonaparte: "Os verdadeiros heróis são aqueles que superam as adversidades da vida". Em frente é o caminho "PLUS ULTRA"!!! Candidatos desejo-vos a todos uma boa prestação!!

Só conseguia ver a cara de nervosismo do meu irmão, já eu e a Daisy não estávamos muito nervosas. Ficámos os três na mesma zona, pensava eu "Ainda bem que não fiquei na mesma que o Katsuki, não me apetece ver a cara dele de novo"

Daisy B. - Isto é enorme!

Izumi M. - Ninguém parece estar muito nervoso. Parece que têm todos equipamento ajustado às suas habilidades.

Izuku M. - Ah! A menina simpática, é ela outra vez! Ficámos na mesma zona!! Tenho de lhe agradecer...

Miúdo estranho de há pouco - Estás a tentar distraí-la? Quem és tu? Estás aqui para atrapalhar, não é?

Izuku M. - NADA DISSO!

-É o tipo que fez uma cena em frente à academia! - diziam uns. A Daisy já me agarrava, para ver se não lhes batia - Até se encolheu quando o advertiram. Menos um rival para me preocupar.

Depois começámos o exame, (não houve contagens decrescentes, porque numa batalha a sério elas também não existem...). Fomos todos a correr para a réplica da cidade. O Izuku tinha ficado para trás. No meio do exercício já tinha 56 pontos e a Daisy tinha 47. Não sabia onde estava o Izuku, por isso também não sabia os pontos dele.

...(continua no próximo ano letivo)

© Beatriz Gama e Margarida Nunes

©Ebiografia.com
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Inês de Castro

Este poema é da autoria de Miguel Torga e fala-nos do amor entre Inês de Castro e D. Pedro, uma relação mal vista pelo pai, D. Afonso IV. Segundo a lenda, D. Inês e D. Pedro estavam na Quinta das Lágrimas (Coimbra), quando o rei mandou três homens matar D. Inês. Ainda hoje está situada na Quinta das Lágrimas a Fonte dos Amores, onde podem ser vistos vestígios de sangue de D. Inês de Castro. D. Pedro e D. Inês estão sepultados no mosteiro de Alcobaça, ficando, assim, perto um do outro. (Guilherme Nunes_9ºA):

Inês de Castro

Antes do fim do mundo, despertar,
Sem D. Pedro sentir,
E dizer às donzelas que o luar
E o aceno do amado que há de vir...E mostrar-lhes que o amor contrariado
Triunfa até da própria sepultura:
O amante, mais terno e apaixonado,
Ergue a noiva caída à sua altura.E pedir-lhes, depois fidelidade humana
Ao mito do poeta, à linda Inês...
À eterna Julieta castelhana
Do Romeu português.

© Miguel Torga

©IGN.com
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My Hero - Academia

(história inspirada na série de animação Japonesa My Hero)

2 - Músculos que rosnam

All Might - O meu poder... passará para vocês meus sucessores.

Gémeos Midoriya - O quê? Um poder que pode ser passado de um portador para seu sucessor?

O All Might começou a explicar o "One for All", o treinamento que teríamos de fazer antes de recebê-lo e perguntou ainda se estávamos dispostos a cada um ficar com metade do poder. Como o Izuku não tinha nenhum poder, eu decidi dar-lhe um pouco da minha metade do One for All, mas o All Might não aceitou. (Vou saltar a parte do treino e passar para quando recebemos o poder)

Num pôr-do-sol magnífico, depois de dez meses a limpar uma praia (e acabámos por limpar mais do que o pedido), finalmente íamos recebê-lo. Estávamos ambos muito excitados, por dentro, mas por fora estávamos calmos. O All Might chegou à nossa frente, e disse:

All Might - Comam – disse - arrancando um fio de cabelo da nuca, e cortando-o ao meio de seguida.

Eu e o Izuku, ficámos sem perceber, por um momento, mas no outro já tínhamos entendido o que tínhamos de fazer.... Comemos o cabelo e, digo-vos, não aceitem cabelos de ninguém, a não ser por uma boa causa. UwU

(…)

Izumi M. - Izuku, não achas melhor praticarmos com o poder primeiro? - perguntei eu, um dia antes do exame de admissão da UA. O All Might sentiu que não precisávamos de treinar mais um dia e, como já tínhamos limpo a praia toda, deu-nos o poder mais cedo.

Izuku M. - Temos de estudar para o exame escrito, lembras-te?

Izumi M. - Ok, faz como entenderes, eu estarei lá fora a praticar.

Durante o meu treino, aprendi a controlar bem o meu novo poder. No início, fazia ligeiras fraturas nos dedos, mas depois aprendi a espalhar o poder pelo corpo todo, ao invés de só usar numa parte. Estava preparadíssima para o exame prático, mas ainda tinha de estudar para o exame escrito... "Odeio estudar, que é o que o Izuku está sempre a fazer e é muito aborrecido..." era tudo o que me ocorria enquanto estudava, mas pelo menos estava bem preparada para os exames... Nesse dia deitei-me bastante tarde, já o Izuku e a mãe estavam a dormir. Eu decidi mudar um pouco o visual, cortei o meu cabelo e, ao que parece, a Daisy decidiu cortar também. Melhores amigas em tudo, não é? 

© Beatriz Gama e Margarida Nunes


A pedido do Clube de Escrita, trago um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen para partilhar com todos os leitores. Escolhi-o por estar relacionado com Camões, um poeta que é reconhecido em todo o mundo e também por este ter vivido na época dos Descobrimentos, parte da História que eu aprecio e que ele narrou nos Lusíadas. Terá sido, aliás, numa das suas 'aventuras' (no norte de África, provavelmente) que Camões perdeu uma das vistas.

© Guilherme Nunes_9ºA_Arganil

Imagem via Dreamtime
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A Biblioteca secreta

Capítulo 6 – O sibilar 

Ao abrirem a porta, viram que a sala onde se encontravam era maior mas…tinha algo ainda maior lá dentro. Um tapete extenso e repleto de cobras encontrava-se no chão.

-Bem…eu não entro ali- disse Becky voltando-se para trás.

Nesse momento Bryan agarrou-a.

-Então Sherlock, com medo?- gozou ele.

-Não. Mas não temos pistas suficientes para desvendar o caso. Então tchau -disse Becky.

-Anda-disse Bryan, agarrando a irmã.

-Malta…temos um problema - disse a pequena Sheila.

-Nããão, a sério! Como é que descobriste?-disse ironicamente Bryan.

-Cala-te, o que se passa-disse Baylee

-A Stella tem fobia a cobras!-exclamou Sheilla.

Todos olharam para Stella. Esta estava sentada abraçada às pernas. "Eu não consigo" - dizia ela - "Vou voltar para trás" "Desculpem"…

-Não vais nada-disse Baylee sentando-se a seu lado –tu consegues .Se chegamos até aqui vamos continuar.

-Obrigado mas não consigo.Tenho ofiofobia…

-Ofio quê?- perguntou Becky confusa.

-Ofiofobia, fobia a cobras.- explicou Bryan

-Só de ouvir o sibilar já me arrepio toda.

-Nisso não estas sozinha amiga-disse Becky- mas não vamos a lado nenhum se não as atravessarmos.

-Tenho uma ideia mas não sei se é muito segura…- disse Bryan.

-Qual é?-perguntou Sheila.

-Estão a ver que as paredes têm tijolos mais para fora. A minha ideia era trepar lateralmente.

-Pois mas não sabemos se é seguro, eis a questão.

-Desculpem - disse Stella em pânico, começando a correr para a sala anterior.

Ao ver a cena, Bryan correu atrás dela. Stella estava prestes a pisar na casa errada quando Bryan a agarrou pela cintura.

-Calma, vai tudo correr bem – gritou ele

Stella parou, deixou-se agarrar e olhou para ele. Nesse momento, lágrimas vieram-lhe aos olhos e abraçou-o.

Os dois voltaram para a sala de onde saíram.

Enquanto isso, Becky começou a escalar lateralmente os tijolos.

À medida que se afastava deles, mais Bryan se arrepiava. Com muita cautela, Becky chegou ao outro lado.

-Uoooooou!!!- gritou de entusiasmo –Bora!

-É seguro?-perguntou Sheila

-É óbvio que não-disse Bryan petrificado.

-Ainda estou viva ou não?- disse Becky do outro lado.

-Por sorte -contrariou Bryan.

-Cala-te. Anda Sheila, se tu caíres eu atiro-me.

-Que inspirador- murmurou Bryan.

Sheila, com muitíssimo cuidado, chegou ao outro lado, seguida por Baylee.

-Anda- disse Bryan estendendo a mão a Stella que estava toda encolhida sentada no chão.

Stella agarrou um tijolo da parede e colocou o pé num outro mais baixo e assim foi escalando, seguida por Bryan. Mas quando Stella agarrou um outro tijolo, este partiu-se, fazendo-a perder o equilíbrio. Nesse momento, Bryan colocou o antebraço nas costas dela, fazendo-a equilibrar-se.

-Sabem que podem ser românticos neste lado, não sabem?-gozou Becky nervosa.

Stella equilibrou-se e continuou, chegando ao outro lado. Já do outro lado, Becky olhou para Bryan com uma cara de quem sabia o que se passava entre aqueles dois.

-Para com isso-disse ele irritado.

-Com o quê?-perguntou Becky a agitar as sobrancelhas.

-Com isso-disse Bryan, deixando a irmã para atrás.

O grupo estava à frente da porta.

"Aqui vamos nós"

Abriram a porta e…


© Angélica Videira, 8ºA_Arganil

Imagem via Spiritfanfiction
Imagem via Spiritfanfiction

My Hero - Academia

(Nota prévia: esta história é baseada na série de animação Japonesa My Hero, não tendo, assim, explicações muito aprofundadas sobre a história original, sendo que a adaptação está de acordo com a inspiração das autoras)

1- Gémeos Midoriya: A Origem

O meu nome é Izumi Midoriya e esta é a história de como me tornei a heroína nº 3! Eramos pequenos, no jardim-de-infância. Eu estava caída no chão com o meu irmão, a proteger-me do maior rufia... Katsuki Bakugou. Ele tinha acabado de me atacar, o meu joelho estava todo esfolado e estava lavada em lágrimas. O Katchan (é o diminutivo do Katsuki) não teve piedade nem de mim nem do Izuku...

(…)

Na middle school, ou O INFERNO, professor perguntou à turma quem gostava de ir para uma universidade de heróis. Como é óbvio, eu, o Izuku (meu irmão), o Katchan e a irmã dele, a Daisy (Bestie), dissemos que queríamos ir para a UA. O Katchan fez troça do Izuku, mas a irmã dele puxou-lhe a orelha, com um olhar zangado e, num sussurro, disse:

Daisy B. - A mãe vai saber...

Ele calou-se. Eu dei um risinho, mas ele olhou-me com um olhar de morte, que dizia "MORRE". Fiquei assustada, só de pensar que poderia morrer assim que a aula acabasse. A Daisy não tinha paciência para esperar por ele, então ia-se sempre embora mais cedo. Ele estava irritadíssimo/envergonhado com o que aconteceu na aula e estava mortinho para nos matar, a mim e ao meu irmão. Ficávamos sempre em último quando saíamos da sala, eu e o Izuku, mas nesse dia foi diferente... O Katchan estava à nossa espera, já não era de admirar o que ele iria fazer. Começou por dizer que o meu irmão, Izuku não poderia ir para a UA, porque não tinha uma individualidade, e que se tivesse de certeza que não seria assim tão forte como a dele. Depois atirou o caderno de anotações de heróis que o meu irmão passara tanto tempo a fazer, pela janela, que, para melhorar caiu num lago artificial e ficou todo encharcado. Eu tentei defendê-lo, mas o Katchan era das pessoas que eu mais temia. Então tirei o meu irmão dali e começámos a fugir do Katchan Ele apanhou-nos numa esquina do recinto da escola. Atirou-me contra uma parede, agarrou no meu irmão e começou a dizer que o Izuku não servia para nada, que era fraco, que nem a sua irmã ele conseguia proteger e que ele (o Katchan) seria sempre melhor do que o Izuku alguma vez seria. Eu decidi intervir, mas, quando me pus à frente do Izuku, senti uma luz a ofuscar-me os olhos e uma dor intensa no antebraço direito, no tronco e no início da coxa. Senti-me a cair, mas não sabia o que havia acontecido. Acordei com o meu irmão desesperado a gritar o meu nome:

Izuku M. - IZUMI! IZUMI ACORDA, POR FAVOR!

Izumi M. - Calma Izuku, o que se passou?

Izuku M. - Ainda bem que acordaste, já estou mais descansado. Foi o Katchan... Quando te meteste à minha frente, ele usou a sua individualidade em ti, foi horrível só de ver. Doi-te alguma coisa?

Izumi M. - Doí-me um pouco o tronco e antebraço, mas estou bem. E a ti ele fez-te alguma coisa?

Izuku M. - Apenas me ameaçou para não entrar para a UA, mas eu não lhe liguei e vou continuar a seguir o meu sonho!

Izumi M. – Boa, Ni-chan (irmão/mano), é isso mesmo, não te deixes influenciar por ele. Ele vai ver que um dia seremos melhores que ele! Mas ele não te fez mais nada certo?

Izuku M. - N-não, ele não me fez m-mais nada...>////<

Quando disse aquilo ficou estranhamente corado e com aquela sua cara de vergonha. Mas eu acreditei. E, apesar de não dizer ao Izuku, estava fraca. Não tinha força no braço direito.... Continuámos a andar até à saída da escola e encontrámos o caderno do meu irmão todo encharcado, ainda dentro do lago. Quando chegámos a casa, não contámos nada do que havia acontecido à nossa mãe. A Daisy tinha-me ligado, para termos a nossa habitual conversa depois das aulas. Perguntava-me sempre se estava bem ou se tinha chegado a casa em segurança. Pois ela saía sempre antes do que o Katchan e tinha medo de que ele nos fizesse alguma coisa.

Daisy B. - Então Zumi, tu e o Izuku, chegaram são e salvos a casa?

Izumi M. - Mais ou menos... - respondi com receio, já que ela era muito preocupada, especialmente comigo, e tinha medo do que pudesse acontecer.

Daisy B. - O que se passou?

Izumi M. - O Katchan ele... bem...

Daisy B. - O QUE FOI QUE O MEU IRMÃO TE FEZ, CARAÇAS???!!!

Izumi M. - Acho que é melhor veres tu mesma... "Ela explode-me os tímpanos!..."

Pedi ao Izuku para me ajudar a tirar fotografia da explosão, para mandar à Daisy.

Daisy B. - QUE DIABOS É ISSO, IZUMI MIDORIYA?!

Izumi M. - Foi uma pequena explosão que o Katchan me lançou... - disse eu, com medo.

Daisy B. - PEQUENA?? ISSO É O CONTRÁRIO DE PEQUENO! Zumi diz-me exatamente o que aconteceu, por favor.

Izumi M. - Mas só se não contares a ninguém... Eu não quero que ninguém saiba, nem quero que o Kacchan se orgulhe do que fez.

Daisy B.- Ok.... Ok, está bem, eu não conto a ninguém. Promessa de melhores amigas? - perguntou ela num tom querido.

Izumi M. - Promessa de melhores amigas. O teu irmão ficou connosco na sala e começou a dizer que Izuku não poderia ir para a UA, porque não tinha uma individualidade, e que se tivesse de certeza que não seria assim tão forte como a dele. Depois mandou o caderno de anotações dele pela janela, que foi cair dentro de um lago artificial da escola. Eu tentei defender o Izuku, mas tu sabes que tenho muito medo do Kacchan.

Daisy B. - Também tens medo de quase tudo. - disse ela num sussurro audível.

Izumi M. - Não tenho, não! - exclamei envergonhada, pois o que ela disse era quase pura verdade.

Continuando, eu e o Izuku começámos a fugir do Katchan, mas ele apanhou-nos numa esquina. Lançou-me contra a parede e agarrou no meu irmão e começou a dizer que ele (o Izuku) não servia para nada, que era fraco, que nem a sua irmã ele conseguia proteger e que ele (o teu irmão) seria sempre melhor que o Izuku alguma vez seria. Eu decidi intervir, mas quando me pus à frente do Izuku ele usou a sua individualidade em mim e fiquei assim.

Daisy B. - Se não tivesse prometido nada, o Katsuki já tinha levado com uma explosão na cara. - afirmou ela claramente desapontada, (a individualidade dela é: quando toca numa pessoa transforma-se nela e ganha o seu poder, por 10 minutos).

Izumi M. - Não sejas assim. Ele é teu irmão, Daisy.

Daisy B. - Nunca gostei muito dele... Desde que começou a fazer troça, especialmente do Izuku e de ti.

Izumi M. - Ouve.... Muito obrigada por te preocupares tanto comigo e com o Izuku.

Daisy B. - Sou tua melhor amiga, é quase meu dever.

Izumi M. - Continuo a pensar que poderia ser melhor, tanto na personalidade e amizade, quanto no meu poder, ele é deveras inútil... - disse eu muito desapontada comigo mesma e com lágrimas nos olhos. (a minha individualidade, no momento, é ler mentes e telepatia).

Daisy B. - Não tens de mudar nada. És incrível assim como és! E eu acho a tua individualidade fantástica!

Nesse momento estava a chorar de alegria, por ter uma única amiga e essa amiga é a pessoa mais fixe e querida que eu já tinha conhecido. No dia seguinte, eu, o Izuku e a Daisy tínhamos combinado de nos encontrarmos, quando saíssemos da escola. Já estávamos os três juntos a passear, mas quando passámos debaixo de uma ponte, um vilão apareceu. No meio do nada, ele agarrou-me e prendeu-me. Ele era uma espécie de água de esgoto, não parecia ter um corpo sólido. Eu tentei escapar, mas não consegui, até a individualidade da Daisy era inútil naquele momento, o monstro começava a sufocar-me. Eu pensava "Será que não passo deste dia? Tenho apenas 13 anos.". Mas naquele momento de desespero aparece ele, conhecido como "Símbolo da Paz", o grande All Might, que parecia ter acabado de sair de um supermercado. Ele, quando me viu dentro daquele vilão, correu para me salvar, deu um soco no vilão que me libertou e o deixou inconsciente. Finalmente conseguia respirar... O All Might enfiou o monstro dentro de uma garrafa de refrigerante, para o entregar à polícia. Perguntou-nos se estávamos bem. Em coro, respondemos que sim, e saiu a voar, mas... o tolo do meu irmão decidiu agarrar-se a ele (eu até percebo, ele é simplesmente viciado no All Might e também tinha uma pequena questão para lhe perguntar). Neste ponto da história, não faço a mínima ideia do que aconteceu, pois, eu e a Daisy ficámos espantadas com tal atrevimento. Por isso vou pedir ao Izuku para vos contar o que aconteceu.

Izuku M. Futuro - Já posso falar, Izumi?

Izumi M. Futuro - Sim Izuku, já podes.

Izuku M. Futuro - Ok, quando o All Might percebeu que eu estava agarrado a ele, pediu-me para largar, e eu respondi se ele poderia pousar primeiro... Ele pousou em cima de um telhado. Mas quando olhei para ele, fiquei estupefacto, ele tinha ido de um homem completamente musculado, para o que parecia ser uma pessoa que já não comia havia uns dois meses. Depois, ele explicou-me que não conseguia ficar na forma musculada durante muito tempo, por causa de uma cicatriz que tinha ganho quando foi reconhecido como o "Símbolo da Paz". Disse que apenas algumas pessoas conheciam esta forma. Mas eu ainda tinha uma dúvida que queria esclarecer com o maior herói do mundo. E essa dúvida era: "Eu posso ser um herói mesmo sem uma individualidade?" Ele respondeu que não. Eu fiquei despontado comigo mesmo, mas nunca desisti do meu sonho! E agora já sou o…

Izumi M. Futuro - Shiu Izuku, isso é considerado um spoiler!

Katsuki B. Futuro – Sim, cala a boca Deku!

Izuku M. Futuro - Desculpem (>////<), maninha e Katchan...

Izumi M. Futuro - Não há problema.

Katsuki B. Futuro - HÁ SIM IDIOTA, E NÃO SÃO POUCOS, P****!

Daisy B. Futuro - KATSUKI BAKUGOU, CUIDADO COM A LINGUAGEM!!

Izumi M. Futuro - Desculpem lá, estes dois estão sempre a chatear-se (risinho discreto). Onde íamos mesmo?

Depois, o Izuku acabou por nos contar o que tinha acontecido. Eu e a Daisy ficámos espantadíssimas, com o que ele nos disse. Mais tarde, no mesmo dia, estávamos os três a passar por uma rua, estranhamente movimentada. Tentámo-nos aproximar, para ver o que se estava a passar e, quando olhámos, vimos uma imagem horrível.

Izumi M. - O mesmo monstro de há pouco! O All Might não o tinha apanhado?

Izuku M. - Acho que deve ter deixado cair quando estava a voar.

Daisy B. - Mas quem estará a ser atacado?

Izumi M. - Espera, acho que é... - Olhei aterrorizada quando descobri quem era. - KACCHAN??!!

Daisy B. - Ni-c-chan...?

A mim e ao Izuku ocorreu-nos a mesma coisa: "Temos de o salvar, mesmo depois do que ele fez!" "Ele parece estar a pedir socorro!" "Mas os heróis não conseguiram fazer nada?". Corremos para o salvar, mesmo sabendo que eramos inúteis ali. A Daisy estava em estado de choque. Nunca pensou em ser o próprio irmão a ser atacado.

- "O que faço?" - "Estou a pôr os meus amigos em risco." - "Sou uma péssima irmã." - "Não consigo mexer-me quando o meu irmão está a ser atacado" - "O QUE É QUE EU FAÇO?"

Escorriam-lhe, agora, lágrimas dos olhos. Estava completamente perdida, não sabia o que haveria de fazer. O irmão a ser atacado, os amigos em risco de vida e a pressão que fazia sobre ela mesma. Entretanto, o vilão reconheceu-nos e voltou a agarrar-me, mas não o corpo todo apenas o pulso. Puxou-me para perto do Katcha. Então ocorreu-me um plano. Fazer telepatia com o Katsuki e pedir para me apontar uma explosão mais fraca para as minhas costas. Mas antes precisaria de uma corda, que iria pedir ao Izuku (é um segredo, mas ele trazia sempre uma dentro da mochila), atá-la à minha mão e pedir ao Katsuki que agarrasse a ponta com a outra mão.

(Por telepatia)

Izumi M. - Izuku, emprestas-me a corda que tens na mochila?

Izuku M. – Sim, claro, Izumi. Mas que pensas em fazer?

Izumi M.- Depois explico.

Ele passou-me a corda. Seguiu-se a parte mais complicada: convencer o Katchan a agarrá-la.

(Por telepatia)

Izumi M. - Katchan.

Katsuki B. - O que foi desgraça?

Izumi M. - Será que poderias segurar na corda?

Katsuki B. - Porque haveria de fazê-lo?

Izumi M. - Não queres sair de dentro desta coisa?

Katsuki B. - Eu consigo sair sozinho P****!

Izumi M. - Eu deixo-te explodires as minhas costas, com a intensidade que quiseres, mas ao longe.

Katsuki B. - Dá-me essa porcaria.

Ele agarrou na corda e agora o plano estava a funcionar. Depois disse-lhe para me atingir com a explosão e ele ficou super animado quando lhe disse isso. O mais importante é que funcionou. Quando ele disparou, agarrei no Izuku e saímos os três dali. Depois apareceu o All Might que prendeu o vilão e os heróis deram-nos, a mim e ao Izuku, um sermão por nos termos arriscado assim. O Katchan continuou a dizer que conseguiria sair dali sozinho e, muito chateado, foi-se embora. A Daisy deixou se cair nos meus braços, a lamentar-se de não ter podido ajudar-nos. No fim do dia, deixámos a Daisy em casa dela e estávamos a ir para a nossa quando o Katchan aparece e agradece-nos por o termos salvo. Eu pensei: "Tenho quase a certeza que foi a Daisy que o obrigou a agradecer-nos". Depois ele foi-se embora outra vez... Quando eu e o Izuku virámos costas tivemos outra surpresa: o All Might, mas na forma de mendigo. Foi a primeira vez que o tinha visto assim, então fiquei espantada. Já o Izuku agiu normalmente.

All Might - Jovens Midoriya.

Gémeos Midoriya - Sim All Might?

All Might - Creio que irão entrar para a UA?

Izumi M. – Sim, vamos.... Porquê?

All Might - Ouvi dizer que a tua individualidade não é muito incrível em combate e que aqui o Jovem Midoriya não tem nenhuma.

O Izuku ficou muito envergonhado e eu também.... O maior herói do mundo basicamente a dizer que eramos lixo?

Izumi M. - Sim All Might, é verdade, mas onde quer chegar com isto?

All Might - Vocês os dois que eram totalmente inúteis na situação conseguiram salvar o jovem Bakugou. Fizeram mais do que qualquer outro herói fez. Foram vocês que me moveram, que me deram forças. Vocês podem ser heróis! 

© Beatriz Gama e Margarida Nunes

Imagem via Smartleader
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Liderar com compaixão 

O mundo em que vivemos é muito complexo e com uma enorme quantidade de pessoas. Acontece que, desde que o ser humano começou a existir, foram-se formando pequenos grupos, onde cada um tinha de cooperar com os restantes. Com o tempo, os líderes foram começando a aparecer. O Homem mais forte mandava nos Homens mais fracos. Atualmente, ainda temos líderes, obviamente. Não por que são os mais fortes mas por serem os escolhidos pelos que estão à sua volta. O que define um grupo, um país, um trabalho e tudo que envolva várias pessoas é o líder. O líder é aquele que dá opinião por todos. Mas devemos ter cuidado com quem elegemos como líder, pois do mesmo jeito que um bom líder ajuda um grupo, um péssimo líder arruína-o.

Mas como identificar um bom líder? Um bom líder tem sempre compaixão pelas pessoas que ele representa. Um líder sem compaixão é um péssimo líder, pois nunca vai pensar nos outros e sim só nele. As escolhas que o mesmo irá fazer serão todos para o beneficiar e isso só fará o grupo ser destruído aos poucos.

Um grande exemplo de um péssimo líder é Kim Jong-un, o ditador da Coreia do Norte, que não tem o mínimo de piedade dos seus cidadãos, o que acaba gerando uma pobreza extrema. A Coreia do Norte está entre os 10 países mais pobres do mundo! Isso dá-se principalmente pelo seu líder, que é um completo tirano.

Tudo o que seja feito na liderança tem de ser muito bem pensando para ajudar os que o seguem.

Acredito que não exista um líder perfeito mas, quanto mais o mesmo coloque o grupo em primeiro, mais preparado estará para continuar nessa posição de poder.

©Pedro Melo_9C_Arganil

©Dreamstime.com
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A viagem 

Certo dia, um rapaz chamado Rodrigo, conheceu aquele que se tornaria o seu melhor amigo, o Diogo. Depois dos primeiros abraços, lá decidiram viajar até aos Estados Unidos da América, do outro lado do Atlântico. A certa altura, enquanto comiam um gelado e encantados com tudo o que viam, perceberam a força da sua amizade e do tanto que os unia. No final das férias, emocionaram-se, abraçaram se e…voltaram para as suas casas e para o trabalho que os aguardava.

© Rodrigo Pinto_7ºA (Arganil)

(C)PDArts
(C)PDArts

Trava-línguas

O Pedro foi a Pedrógão ver a pedrinha e a pedrinha perdeu-se no meio das pedradas de Pedrógão. Será que o Pedro vai encontrar a Pedrinha no meio das pedradas de Pedrógão?

©Rodrigo Kurpé, 7C_Arganil

Fig.1
Fig.1
Fig.2
Fig.2

A biblioteca secreta - Capítulo 5 (1.ª fase)


Quando Bryan chegou lá em baixo, as quatro meninas já tinham as lanternas ligadas. Bryan ligou a sua e seguiram viagem.

-O que é aquilo?- perguntou Baylee.

-Aquilo o quê? - perguntou Bryan.

-Ali no fundo- disse Baylee, apontando para o fundo do caminho.

- Parece uma porta! – exclamou Bryan –vamos lá ver.

-ESPEREM- gritou Becky- o chão pode estar armadilhado.

-Estas a gozar, não estás?- disse Bryan com um tom de gozo.

-Aparecem sempre nos filmes-respondeu Becky.

Mas mal sabia Bryan que ela estava certa. O chão tinha símbolos desenhados no chão, formando o que parecia ser um tabuleiro de xadrez.

Bryan deu um passo numa casa branca com um símbolo egípcio:

(Ver fig.1)

No momento em que ele pousou o pé, o quadrado desceu alguns centímetros e todas as casas brancas caíram.

Nesse momento, como reflexo, Bryan tirou o pé e Stella agarrou o braço de Bryan. Por um curto tempo eles trocaram olhares (e ambos coraram).

-EU AVISEI-gritou Becky.

Quando se aperceberam, as casas brancas tinham aparecido na sua posição inicial.

-Como passamos?-perguntou Bryan.

-Ó seu DAHHH, as paredes-disse Becky, com tom de gozo.

As paredes estavam escritas com códigos de símbolos, os mesmos que estavam no chão.

-Como sabemos qual é o certo?-perguntou Sheilla.

-Temos de ir tentando-palpitou Bryan.

-Má ideia-avisou Becky.

-Tens uma melhor?- perguntou Bryan irritado.

-Sim. Na verdade, já descobri onde temos de pisar- disse Becky convencida.

-Impossível- disse ironicamente Bryan.

-Vocês são muito lentos –disse Becky, novamente em tom de gozo.

-Se és tão esperta, diz-nos como saímos daqui, Sherlock Holmes - gritou Bryan.

-É claro, meu inculto irmão- gozou Becky -Bem…analisando as paredes reparamos que se seguirmos os vários padrões iremos reparar que só um corresponde a um preto, preto e preto.

-Não faz sentido – disse Bryan teimoso.

-Faz!- exclamou Stella- isto é como um tabuleiro de xadrez só que em vez de ter 64 casas tem 36.

-Exatamente, minha cara Watson – brincou Becky.

-E porque é "preto, preto" e não pode ser...sei lá…"preto e branco" ou "branco e branco"?-perguntou Bryan, sem entender nada.

-Como eu disse, é como um tabuleiro de damas e as damas só andam nos quadrados pretos-explicou Stella.

-Mas…como identificaram tão rápido?-perguntou Bryan- deve haver mil símbolos nestas paredes.

Exagerado!- exclamou Becky –são só 56 combinações ao todo, na horizontal.

-Achas pouco?- disse Bryan, espantado.

-Mais ou menos-disse Becky. De seguida, começou a saltitar por um padrão de símbolos:

(ver fig.2)

Sempre preto e branco. Chegou ao outro lado e ia abrir a porta quando…

-ESPERA-gritou Baylee.

-O que foi?-perguntou Becky.

-Não te esqueceste de nada?-perguntou ironicamente Sheilla.

-Não-afirmou Becky.

-NÓS-gritaram as meninas do outro lado.

-Pois é -riu-se Becky

Depois de todos estarem á frente da porta abriram-na e…

OUTRA VEZ NÃO!!!

© Angélica Videira, 8ºA_Arganil

©Rubens Gerchman
©Rubens Gerchman

O meu amor 

Não existe ninguém tão bonita como tu!

Quando um dia te beijar

Sei que irás gostar!

Vou-te amar

Sempre!

És flor

Uma flor especial.

A tal.

© Rodrigo Pinto

©Bartholomé Esteban Murillo
©Bartholomé Esteban Murillo

Sorri!

Sorri, sorri sempre.

Mesmo que seja um sorriso triste.

Pois, mais triste que um sorriso triste,

É entristecer quem nos estima,

E vitoriar quem nos desmerece.

©Rodrigo Kurpé, 7C_Arganil

Arte de René Descartes
Arte de René Descartes

O que aprendi com o tempo 

Descobri que o mundo é uma constante batalha onde, em todos os confrontos, há um vencedor e um perdedor, não importa onde seja. Há sempre alguém que se sobrepõe ao outro, mas essa luta do "mundo" é apenas uma pequena porção da realidade, pois o nosso real desafio é a vida. Nessa, não importa se és rico ou pobre, branco ou preto, adulto ou criança. Nessa batalha não haverá obrigatoriamente um ganhador. Há momentos nela em que só existe o perdedor mas isso é o que a deixa imprevisível. A qualquer momento podemos estar nessa posição e isso é o que dá valor à nossa vida. Só temos uma chance de fazer tudo dar certo, nessa luta chamada "vida" e é na superação que vamos sobrevivendo. Não importa quão atenciosos e cuidadosos sejamos, uma hora vamos perder alguém ou alguma coisa. Mas é nessa hora que devemos estar fortes o suficiente para seguirmos em frente e continuarmos confrontando essa tal realidade, até chegarmos ao momento em que não possamos mais cair.

©Pedro Melo_9C_Arganil

©Tony Rubino
©Tony Rubino

O Diário de Anne Frank

O Diário de Anne Frank é um livro bastante conhecido mas que, mesmo assim, não recebe a devida atenção por grande parte de nós. Por isso, decidi expor o porquê de ser tão importante a sua leitura.

Anne Frank era uma criança normal, como todos nós, mas coube-lhe viver numa época difícil: a segunda guerra mundial. No seu 13º aniversário, Anne recebeu o seu diário como prenda dos pais e, a partir desse dia, ela usa-o para escrever cartas a Kitty, uma amiga imaginária, à qual ela conta o seu dia-a-dia e confidencia todos os seus segredos. A certa altura, devido à ocupação nazi da cidade de Amesterdão, Anne Frank é forçada a esconder-se, juntamente com a sua família e um grupo de outros judeus. Assim, através do seu diário, ela revela ao mundo o dia-a-dia de dois longos anos presa num anexo secreto.

E foi numa das cartas para Kitty, enquanto estava escondida, que Anne escreveu:

"Deitada na cama, à noite, depois de terminar as minhas orações com as palavras Ich danke dir für all das Gute und Liebe und Schöne, sinto-me repleta de alegria. Penso no facto de estar escondida, na minha saúde e em todo o meu ser como sendo das Gute; o amor de Peter (que ainda é tão recente e tão frágil que nenhum de nós ousa pronunciar em voz alta), o futuro, a felicidade e o amor são das Liebe; o mundo, a natureza e a tremenda beleza de tudo, todo esse esplendor, são das Schöne.

Nesses momentos não penso em toda a miséria, mas na beleza que ainda resta. É nisto que eu e a Mamã somos muito diferentes. O conselho dela face à melancolia é: Pensa em todo o sofrimento que há no mundo e dá graças por não estares a passar por ele. O meu conselho é: Sai para a rua, vai ao campo, aprecia o sol e tudo o que a natureza tem para oferecer. Sai e tenta recapturar a felicidade que existe de ti próprio; pensa em toda a beleza que há em ti e em tudo o que te rodeia e sê feliz.

Não acredito que o conselho da mamã esteja certo, pois, se nos tornarmos parte do sofrimento, o que nos resta? Ficaríamos completamente perdidos. Pelo contrário, a beleza permanece, mesmo na desgraça. Se a procurarmos, descobrimos mais e mais felicidade e recuperamos o equilíbrio. Uma pessoa feliz transmite felicidade aos outros; uma pessoa que tem coragem e fé nunca morrerá na miséria."

Eu decidi apresentar este excerto pelo facto de que é, através dele, que Anne Frank expõe ao mundo toda a sua positividade e esperança de que algo de bom ainda estava por vir, mesmo no meio de toda aquela desgraça que ocorria durante a segunda guerra mundial.

E isto fez-me pensar em algumas coisas, nomeadamente de que existem muitas crianças que estão a passar pelo mesmo que ela passou, tanto na guerra na Ucrânia como noutras guerras no mundo, e que nós não temos noção do que elas passam.

Por outro lado, faz-me pensar que nós que vivemos em Paz, não sabemos ser agradecidos pelo muito que temos e ela ensina-nos a sermos gratos pelo pouco ou, até, talvez só por cada dia que nasce.

Posso então concluir que devemos dar mais atenção a este livro e lê-lo porque através dele adquirimos mais coragem, mais alegria e fé em todos os obstáculos que a vida nos coloca pela frente e a olharmos para eles de uma forma mais positiva, retirando deles só os aspectos bons! Pois cada obstáculo é uma aprendizagem para a vida!

©Mariana Cartas_8ºA_Arganil

 ©Christophe Rolland
©Christophe Rolland

Olhos azuis

Pensava que os olhos mais bonitos eram os azuis e tinha razão.

Olhos azuis são aqueles que podem ter a cor do mar, como também podem ter a cor do azul vivo do céu.

São aqueles que brilham à luz do dia e cintilam com a luz da lua.

São aqueles que, por onde passam, as pessoas olham e neles apetece navegar.

E foi por esses olhos que me apaixonei.

© Beatriz Pratas_8A_Arganil

©Ivone
©Ivone

Olhos castanhos

Olhos castanhos são os meus...da cor do outono.

São aqueles olhos que dão conforto e aconchegam quem os olha.

São os mais comuns, mas também dos mais bonitos!

São aqueles olhos que ficam claros, quando a luz os encontra e

mais escuros e misteriosos quando a penumbra os envolve.

©Beatriz Pratas_8A_Arganil

©Zoomviewer
©Zoomviewer

A Biblioteca secreta (continuação)

Esta semana, voltamos a mergulhar na fantástica história contada pela Angélica (8ºA, Arganil). Se bem se lembram, os amigos da Sheila embrenharam-se na floresta e estão à beira de fazer uma incrível descoberta:

Capítulo 3- A Revelação

Era um pequeno alçapão entre as folhas de tons de fogo que estavam no chão.

-Acho melhor não abrirmos. - disse Stella, a medo.

- Eu abro! - disse Becky, levantando o alçapão de rompante.

Uma rampa escura aparecera.

-Meu Deus! - suspirou Sheilla, impressionada.

-Vou descer-disse Becky.

Antes que Becky conseguisse dizer algo mais, Bryan agarrou-a.

-Espera, não sabemos o que há lá em baixo e... também está a anoitecer - disse responsavelmente Bryan - amanhã voltaremos aqui. Tragam comida, lanternas, muita agua, cordas e coisas que achem importantes.


Capítulo 4 - O Início Da Aventura.

Um novo dia chegou e todos saíram de casa à pressa para se encontrarem na floresta. Já na floresta, tiveram um pequeno d bate sobre o que trouxeram.

-E agora? Já podemos entrar? -perguntou a impaciente Becky.

-Receio que sim- disse Bryan.

-Medricas-gozou Becky

-Responsável- retorquiu Bryan.

-Vamos entrar ou não?-interrompeu Sheila.

-Vamos -disseram os irmãos em coro.

Levantaram a porta do alçapão. Becky foi a primeira a entrar , sendo ela a mais corajosa.

-Podem vir -chamou ela.

De seguida, Sheila e Baylee.

-É a tua vez - disse Bryan a Stella.

-Não sei se consigo-disse ela.

-Porquê?-perguntou Bryan.

-E se não conseguirmos voltar para casa....?

-Nós vamos voltar a casa. É uma promessa!- disse Bryan, estendendo-lhe o dedo mindinho.

Stella agarrou-o com o seu mindinho.

-Vai, tu consegues - disse Bryan, motivando-a.

Stella desceu pela rampa seguida por Bryan....


©Angélica Videira (8ºA_Arganil)

 Nossa Senhora do Mont'Alto, Arganil
Nossa Senhora do Mont'Alto, Arganil

Poesia sobre as nossas terras

Arganil e as suas gentes têm inspirado poetas/escritores, incluindo os nossos alunos, que gostam de escrever sobre a nossa terra. Os poemas que trazemos desta vez, da autoria da Mariana e da Sara do 7ºA (Arganil) são resultado disso mesmo. Ambos chegaram a ser premiados e o Clube de Escrita faz questão de partilhá-los: 


 A Nossa Terra!

O nosso concelho tem quinze freguesias,

Todas elas com as suas alegrias.

Temos filarmónica, futebol , rancho e muito mais,

Estas são algumas das nossas actividades culturais!


E para distrair, temos muita brincadeira,

Seja no Parque Infantil ou em Setembro na Ficabeira.

Se pelas Serras quiserem passear,

A Foz de Égua e o Piódão poderão visitar!


Se estás cansado, desta quarentena,

Podes ir relaxar à Fraga da Pena!

Também no Carnaval por aqui há graça.

E muita vegetação na Mata da Margaraça!


E no alto do monte, para nossa proteção,

Olha para nós com muita atenção,

A Nossa Senhora do Mont'Alto com o seu manto,

Dando a Arganil muito mais encanto...


O melhor concelho de Portugal de certeza é Arganil

Até o rally por aqui passa a mil!

Esta é a terra onde sempre vou morar,

E este poema já está a acabar!

©Mariana Henriques_7ºA_Arganil


___


A nossa querida terra


Nesta vila de Arganil

Há muita beleza na natureza

Pessoal juvenil

Com alegria com certeza.


Na mata do hospital

Ouves os pássaros a chilrear

Com alegria no ar

Lá podes estudar.


No cimo do Mont'Alto,

Vês a paisagem de Arganil

Com essa beleza natural

Encontras terras mil.


Vamos agora refrescar

Na praia fluvial das Secarias

Ver os peixinhos a nadar

Pela água límpida no rio.


Vamos exercitar

E para o Sub-Paço ir

Andar de patins ou bicicleta

E da relva usufruir.


Se gostas de animais,

A Serra do Açor deves visitar.

Mas se preferires a flora

Na Fraga da Pena a vais encontrar.


Tens curiosidade na História,

A Lomba do Canho vai-te interessar

Aquele acampamento romano

Tem muito para falar.

©Sara caldeira_7ºA_Arganil

Rudolf Von Alt
Rudolf Von Alt

O mistério da Biblioteca 

Numa pequena aldeia na Eslovénia chamada Haika havia uma biblioteca que tinha vários segredos. Como era velha por fora, pensava-se que estava abandonada. Mas tinha um grande segredo.

Uma pequena rapariga de 12 anos, chamada Oloveva, vivia com o seu Avô Moltior, pois os seus pais tinham falecido quando era muito pequena. Como era muito aventureira, tinha muitas peripécias com seus amigos, Okhal e Bérida.

Oloveva tinha cabelo loiro e liso, olhos azuis e lábios cor de cereja.

Certo dia, teve uma aventura que recordaria para sempre: tentar descobrir o que estava naquela biblioteca. Quando chegou lá, ativou a sua lanterna, pois estava muito escuro e começou a explorar. Lá dentro, era muito assustador e havia muitos morcegos. Depois de muito tempo a caminhar, o seu alarme despertou. Isso queria dizer que já eram 17:00 horas, começando a correr para a sua bicicleta para não chegar tarde a casa. Foi então que tropeçou e ouviu um som fantasmagórico. Quando se virou para trás, viu o fantasma de Fran Levstik, assustou-se e desmaiou. Quando acordou, estava a ser curada por uma médica, onde estava também a polícia e o seu avô. Depois de ser curada, foi falar com o avô. Ela pensou que ele estivesse zangado mas, na verdade, perguntou-lhe:

- Minha netinha, estás bem? Pensei que tinhas desaparecido.

-Não, estava à procura dos mistérios desta biblioteca.

-Hã, eu não te disse para não entrares na biblioteca?

-Não, avô.

-Ai que esquecido eu ando- disse, suspirando- fica então o meu primeiro aviso.

-Avô, tu já viste o fantasma da Fran Levstik?

-O quê!? Isso é só uma lenda ou, se calhar, pensaste nele quando estavas desmaiada.

-Ah, se calhar sim.

Entretanto, olhou para trás e viu o fantasma:

-Avô, avô, olha, o fantasma!

-Ó Oloveva, deves estar a sonhar. Vá, vamos para casa e comer o jantar.

E foram-se embora.

No dia seguinte, Oloveva foi outra vez para a biblioteca e encontrou novamente o fantasma, perguntando-lhe, com medo:

-Vais-me matar por ter invadido a tua propriedade....

-Não, claro que não. Só te quero propor algo .- Respondeu o fantasma, sério.

-Então o que queres fazer comigo?

-Ah, queria realizar os teus desejos.

- A sério?! Então, o meu primeiro desejo era ter os meus pais de volta.

- Então, desejo realizado.

Nesse momento, apareceu um grande clarão que fez tropeçar Oloveva, aparecendo os seus pais, que disseram:

- Olá filha!

- Olá... pai, mãe...- respondeu, assustada.

Oloveva não queria acreditar que estava cara a cara com os pais. Que loucura!

Oloveva continuou a pedir, desde um cão (ou outro animal de estimação) até bolas de basquete e de futebol e um equipamento de hóquei no gelo.

O avô estranhava o tanto que ela ia levando para casa e decidiu perguntar-lhe:

-Oloveva, onde adquires todas essas coisas?

-Avô, eu já te disse. É o fantasma de Fran Levstik.

-Oloveva, eu já te disse para não acreditares em fantasmas-disse o seu avô, já irritado.

-Mas, avô, queres ver como estou correta?

- Sim vamos lá ver se não estás maluca.

Então ,Oloveva levou seu avô para a biblioteca e chamou o fantasma, que logo apareceu. O avô desmaiou e o fantasma exclamou:

-Desmaiou, tal como tu.

-É de família.

-A sério!

-Sim, confia

-Ele está bem?

-Espera... 3,2,1

Nesse momento o avô acordou, dizendo:

-Ah! Então é deste fantasma que adquires estas coisas todas!

-É sim, avô. E queria-te apresentar umas pessoas.

-Quem?

-Estes aqui.

O avô ficou muito espantado por ver a sua filha e o seu genro:

-Filha, genro, que bom ver-vos!

Então o fantasma disse:

-Oloveva, estou a sentir-me muito fraco. Devo estar a voltar para o mundo dos espíritos, por isso, rapidamente, pede o teu ultimo desejo.

-Ok- disse Oloveva muito triste- Então, desejo que nunca mais aconteçam desastres naturais na aldeia, como incêndios e outros e, já agora, que também não ocorram no mundo.

Então, o fantasma usou as suas ultimas forças de feitiçaria e voltou para o mundo dos espíritos.

Oloveva, depois daquela cena muito triste ,voltou a viver a sua vida normal com seus pais, seu avô e seus amigos.

Mas, certo dia, viu na televisão que uma grande tempestade estava prevista para todo o mundo e pensou:

-Será que ele não concedeu bem o desejo?

Mas, depois da notícia, ouviu-se uma voz lá de fora de casa. Espreitaram e viram pela janela o fantasma de Glon Livtik (Oloveva tinha aprendido isso na aula de história) que dizia:

-Olá, Oloveva, sua grande ignorante e seguidora daquele Fran Levspodre.

-Não digas mal dele!

-Que ousas dizer?

-Sim, seu tirano!

Começa então uma batalha épica de insultos, que foi gravada na TV. O fantasma, insultado, foi-se embora e todas as tempestades desapareceram do mundo. Depois, a jornalista entrevistou-a e todas as pessoas no mundo começaram a considerá-la heroína, recebendo vários presentes e sendo a maior celebridade do mundo inteiro, sendo mesmo convidada a visitar a sede da ONU o Parlamento Europeu.

©Bernardo Castanheira_7ºA (Arganil)

"Oma Tres", uma história "Star Wars" num mundo paralelo 

Este é o primeiro episódio de um livro que escrevi durante as férias de verão e que retrata uma realidade alternativa da saga "Star Wars". A história contém 8 episódios escritos, com um suspense que deixa qualquer um de boca aberta, pensando: "Quando vai ele lançar o próximo episódio?!".


Episódio I

Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante, um jovem chamado Oma Tres vivia no sistema Tatooine em Mos-Eisley, até que algo muito inesperado aconteceu. Estava um belo dia de sol, amanhecendo. Oma Tres e seu tio Han compravam muitos droides mas, um dia, foi diferente... eles compraram um droide de unidade R2 que continha uma informação muito especial mas que, até ao momento, ninguém sabia. Oma Tres estava limpando o droide e, de repente, o droide exibiu uma gravação de um homem com um sabre de Luz verde, tentando derrotar um homem com uma armadura preta e com um sabre de Luz vermelho. A gravação não tinha muita qualidade, pois era exibida em holograma. O droide parou de exibir a gravação. Oma Tres, na hora, perguntou, stressado:

-Ei! Por que parou de exibir ?

O droide respondeu que parou de exibir já que a sua peça projetora parara de funcionar. Oma Tres arranjou a peça mas depois descobriu que foi um golpe do droide, pois ele não podia exibir o resto. Oma Tres esqueceu o assunto e foi tomar o pequeno-almoço, dizendo ao seu tio:

- Tio, eu acho que essa unidade R2 é roubada.

Seu tio respondeu:

-Que produto daqueles "monstrinhos" não é roubada? Mas por que você acha isso?

-O droide mostrou-me uma gravação de dois homens com sabres de luzes, lutando. Um usava um sabre com a cor verde e o outro com um da cor vermelha.

Seu tio olhou-o e, nervoso, disse para ele esquecer aquilo. Oma Tres foi embora, dizendo que ia ter com Lucky. Mas o que ele não sabia era que seu tio Han Solo era o melhor amigo do homem com o sabre verde. E o homem do sabre de luz verde, era Luke Skywalker, o pai de Oma Tres. Quando Oma Tres nasceu, Luke Skywalker foi numa missão com Lando Calrissian, para procurar Darth Maul mas, durante a missão, o seu X-Wing foi atingido pelo império e depois Luke Skywalker nunca mais retornou. Somente Lando. Lando disse que Luke escolheu ficar numa ilha para proteger Oma Tres, pois um caçador de recompensas chamado Boba Fett, foi enviado para caçar Luke Skywalker, a mando de Jabba o Hutt. Então, Han Solo e Leia Organa ficaram com o bebé. Mas Han Solo nunca aprovou a ideia de Luke de ter deixado uma criança recém-nascida. Continuando, Oma-Tres voltou pra casa e quando reparou, a sua nova unidade R2 tinha fugido. Na outra manhã, Oma Tres saiu cedo para procurar o droide. Mas ele não sabia o que iria acontecer. Os Tuskens, mais conhecidos por "Povo da Areia, tentaram matar Oma-Tres. A salvação veio de um homem com armadura Mandaloriana feita de Beskar, que se aproximou lentamente e lhe perguntou

-Precisa de ajuda, garoto?

-Sim, mas... quem é você?

- Sou o Mando. E você, quem é?

- Meu tio disse para nunca falar com estranhos, principalmente Mandalorianos.

- Ok, não tem problema, mas da próxima vez tem mais cuidado. - disse Mando.

Voltando para casa, Oma-Tres viu fogo e, chegado ao local, viu a sua casa em chamas. Foi então que ouviu alguém. Era Han Solo:

- Oi Oma, aconteceu um enorme ataque de Stormtroopers.

- Mas tio, e a tia ?

-Morreu, Oma, quero que olhes para mim... fica com a minha DL-44, uma das melhores armas do mundo. Vai até à base Rebelde em Yavin 4. Lá, encontrarás uma jovem chamada Rey. Ela vai ensinar-te os caminhos Jedi.

Oma Tres foi embora na nave do seu tio, a Millennium Falcon, em direção à base rebelde em Yavin 4. Foi lá que encontrou Rey, a última aprendiz de Luke Skywalker.

- Olá, quem é você ?- Perguntou Rey.

-Eu sou Oma Tres, meu tio era o Han Solo.

- Então é você, você é...

-Eu sou o quê?

-Você é o filho do Luke Skywalker, você foi o escolhido para destruir a Primeira Ordem. - disse Rey.

- Eu vim para aprender os caminhos Jedi.

Foi aí que Rey perguntou algo que deixou Oma Tres em dúvida:

- Você tem um sabre de luz?

-Hum...não sei. Espere, o meu tio nunca me deixava tocar numa caixa na nave dele. Pode estar lá dentro...

Oma foi em busca do sabre de luz na nave de Han Solo. E encontrou-o. Rey ensinou então Oma os caminhos da força e as técnicas de Jedi. Os dias passaram e Oma Tres estava a cada vez melhor. Até que embarcaram na Millennium Falcon e foram até o planeta Ahch-To procurar Luke Skywalker.

- Entrando na Velocidade da Luz, em 3... 2... 1!

© Edson Neto_7ºA_Arganil

©Carlos Soares
©Carlos Soares

As flores

Dos mais variados tipos

As flores podem ser.


Elas são muito importantes,

Algumas até dão para comer...


Rosas, Girassóis, tulipas,

As flores são todas muito bonitas!


©Mariana Henriques (7ºA_Arganil) 

©Ana Laura Gindin
©Ana Laura Gindin

A biblioteca secreta

I Capítulo

Sou a Stella. Vivo numa pequena aldeia com a minha mãe e com a minha irmã mais nova, Sheila, uma menina muito doce e alegre, com lindos olhos azuis e um sedoso cabelo escuro.

Eu e a minha irmã temos tido aulas em casa mas, amanhã, vamos recomeçar na escola da vila, a 20 minutos daqui.

-Que estás a fazer?-perguntou a minha irmã, ao chegar ao meu quarto. - Nada. E tu?- devolvi.

-Se não estás a fazer nada, por que é que tens um livro e uma caneta na mão? Eu sorri-lhe.

-Pronto, apanhaste-me. Estou a escrever no meu diário.

-Posso ler?- perguntou-me.

-Claro, eu só conto o meu dia-a-dia.

-Não tem segredos?

- Não. E se tivesse já saberias.

Toquei-lhe no nariz e o seu rosto cheio de sardas sorriu-me.

-Meninas, jantar! -Chamou a minha mãe.

-Anda...- Estendi a mão á minha irmã e ela agarrou-a. Fomos as duas até à cozinha e sentámo-nos á mesa.

- Como correu o vosso dia?- perguntou a minha mãe.

- Correu muito bem- respondeu a minha irmã.

-E já deste comida ao Fluffy? - Perguntou a minha mãe.

Nesse momento a Sheila saltou da cadeira e gritou:

- Fluffffffffffffffyy!

Correu para o armário e tirou um recipiente de plástico com cenouras baby e colocou algumas numa taça de madeira. O Fluffy saltitou até a taça, a minha irmã passou a mão no seu pelo branco e voltou a sentar-se.

-Espera- disse a minha mãe- Vai lavar as mãos e põe a embalagem no sítio.

-Ok!- suspirou Sheila. Levantou-se, colocou o recipiente de plástico no sítio, lavou as mãos, dirigiu-se até á mesa. Depois de se sentar olhou para mim e para a minha mãe, atirando:

- Que foi?!

Eu e a minha mãe demos uma risada.

- E o teu dia como correu? -perguntou-me a minha mãe.

- Correu bem - respondi.

- O que pintaste hoje?

- Estou a pintar um par de cachalotes.

-Cachaqué?! - Perguntou a minha irmã com uma careta.

-Cachalotes, um animal marinho que, infelizmente, está em risco de extinção- respondi.

-Como é que consegues desenhá-los se não os vês? - insistiu.

Dei uma risada e respondi-lhe:

-Tenho um livro sobre eles.

- Entendi.

- E como é que está a ir? - perguntou a minha mãe

-Muito bem.

-Que bom.

Depois do jantar, fui para o meu quarto e continuei a escrever no meu diário: "Estou muito entusiasmada mas um pouco assustada espero que o dia de amanhã seja incrível.

Boa noite diário"

E Stella adormeceu.

©Angélica Videira (8ºA_Arganil)

©Za Ellob
©Za Ellob

A biblioteca secreta

II Capítulo - o Primeiro dia de escola e...encontro inesperado 


Era um novo dia e Stella ouviu uma voz doce a dizer-lhe: "Bom dia meu amor". Era a mãe.

-Que horas são? -perguntou Stella, sonolenta.

-São horas de acordar. Anda! - disse-lhe a mãe.

Stella deu voltas na cama e, depois de cerca de dois minutos, levantou-se devagar, abriu o armário e tirou um cabide com umas calças pretas, uma t-shirt branca e o seu casaco verde-escuro. Tirou depois debaixo da cama os seus ténis pretos e vestiu-se.

Foi até à cozinha e sentou-se, dando os bons dias á mãe. A mãe deu-lhe um sorriso como resposta e olhou para o corredor, como que à espera de alguém....

- Sheila, anda comer! -chamou ela.

- Estou a ir, mãe! -respondeu Sheila, saindo do quarto. Estava com um macacão de ganga, uma camisola branca e duas tranças.

- Desculpem!- disse Sheila

- Conseguiste fazer as tranças sozinha? - perguntou-lhe a irmã mais velha.

- Yap! - respondeu, com um sorriso na cara - mas tive de as refazer duas vezes.

- Mas ficou muito bom!- disse à mãe.

-É... um dia vai ser uma grande cabeleireira - brincou Stella.

- Não quero - disse- lhe a irmã mais nova - quero ser, ou florista ou veterinária. E tu, o que queres ser?

-Bem... eu não sei ainda.

-Devias ser pintora.

-Achas? - Perguntou a mais velha

-Sim...

- Vá, meninas toca a comer. Precisam de ir para a escola - alertou a mãe.

Depois de um tempo, as meninas acabaram de comer, lavaram os dentes, pegaram nas mochilas e foram até à paragem do autocarro. O autocarro chegou e as meninas despediram-se da mãe. Enquanto o autocarro saía, as meninas acenaram à mãe, que lhes acenou de volta.

A mãe voltou para casa, foi buscar a bolsa, entrou no carro e foi para o infantário dar aulas. Estava um pouco nervosa, pois iria ser o seu primeiro dia como professora...

No autocarro, Sheila olhava para janela a seu lado com a mão encostada à cabeça e a pensar como seria incrível ir à escola. Stella, a seu lado, também olhava para a janela e pensava como a paisagem era...magnífica. O autocarro passava por uma pequena floresta cheia de cor. Viam-se flores, algumas delas margaridas e árvores-de-fogo de folha vermelha, dada a altura do ano...

Entretanto, chegaram á vila, passaram no parque, na florista, no talho (o que lhes provocou agonia, por serem vegetarianas), na mercearia e...chegaram à escola. Ambas estavam com o coração a palpitar. Saíram do autocarro e, com ela, saíram: uma menina da idade de Sheila, uma menina e um menino de idade da Stella. Os três eram ruivos, as duas meninas tinham os olhos verdes e o menino tinha os olhos mais azulados. Foram em direção à escola.

A sala de Sheila era a 7 e a da Stella era a 14, do lado. Despediram-se uma da outra, desejando-se mutuamente boa sorte e seguiram para lados contrários.

Stella entrou na sala. A sala tinha 4 filas (em cada fila 5 cadeiras) e a última estava ocupada por um grupo misto que falava. Na terceira fila sobravam dois lugares. Na segunda só tinha, na ponta, aquele rapaz que tinha saído no mesmo autocarro que ela. E na primeira tinha três pessoas. Stella decidiu sentar-se na segunda fila, na terceira mesa a contar daquele menino. Tirou o seu caderno e começou a desenhar um pássaro.

A rapariga que tinha saído do mesmo autocarro que ela, sentou-se ao seu lado e olhou para Stella.

-Olá! Tu não vieste no mesmo autocarro que eu?

Stella olhou para ela:

- Olá! Sim e como te chamas?

-Chamo-me Becky e tu?

-Stella.

-Nome bonito.

-Obrigado, o teu também é.

- Aquele é o meu irmão Bryan- disse Becky apontando para o menino na ponta da fila- Eu ainda tenho uma irmã mais nova chamada Baylee.

- Também tenho uma irmã mais nova chama-se Sheila. E... és nova aqui?

-Sim- disse Becky, olhando para a sua mesa. A sua expressão facial tinha mudado para uma expressão triste:

- Sim, ainda não tenho amigos.

Sheila olho para ela:

- Agora tens uma- e sorriu-lhe.

Becky olhou para ela e sorriu-lhe de volta. Stella olhou para o caderno que tirara.

- Gostas de desenhar?- perguntou Stella.

- Gosto, mas é só por diversão. Eu não tenho muito jeito. - respondeu Becky.

- Todos temos jeito...mas é um jeito diferente.

- Verdade... nem sequer tinha pensado nisso- disse Becky com espanto.

- Depois vamos para o intervalo juntas? - Perguntou Stella.

-Claro- respondeu Becky- achas que eu deixava a minha nova melhor amiga sozinha? E assim podemos falar ou até...

" Apresentar as nossas Irmãs uma à outra! "- Exclamaram em coro, dando depois uma gargalhada.

-Dá para rir mais baixo? -disse Bryan.

Os colegas da primeira e da terceira fila olharam para as duas. Os da quarta fila nem se deram conta, pois faziam mais barulho que elas.

-Desculpa -disse Stella.

-Está mas é calado- disse Becky para o irmão.

Entretanto os colegas da primeira e terceira fila param de olhar para elas.

- Mete-te na tua vida- continuou Becky.

-É difícil, com vocês as duas a rir como duas desgovernadas. - disse Bryan.

-Vamos meninos, aos vossos lugares - era professora de ciências - vamos fazer a chamada!

O tempo passou e na hora de intervalo de 10 minutos Stella e Becky foram em direção à sala 7, onde as irmãs de ambas estavam. No caminho até lá, Stella e Becky encontraram-se com Sheila e Baylee, as suas irmãs. Cumprimentaram-se e foram para o jardim da escola.

-Então porque é que iam em direção á nossa sala? -perguntou Becky.

-Ía mostrar-te a minha nova melhor amiga, a irmã da Stella- respondeu Baylee.

-Nós íamos fazer o mesmo.

-A sério!?

-Yá!

A semana passou a correr bem para todos, menos para Bryan que ainda não tinha nenhum amigo.

Becky, Baylee, Stella e Sheila tinham combinado um encontro na floresta e os pais de Bryan obrigaram-no a ir.

-Também vieste? - Perguntou Stella.

-Parece que sim- disse Bryan.

- Já fizeste algum amigo ou amiga?

-Não.

- Bem...agora somos amigos.

Bryan deu uma risada - "Que fofa"- pensou.

-Mmm...malta, venham ver isto!- disse Baylee.

- Ver o quê? -perguntou Becky que estava a ouvir a conversa do irmão e da amiga.

-Vem cá -insistiu Baylee- encontrámos uma coisa.

- O que é que se pode encontrar numa floresta? - disse Becky, dirigindo-se à irmã

- O que é que...o que é isso?

Stella e Bryan dirigiram-se a elas.

-Mas que raio? -perguntou Bryan.

-É, não é? -disse Sheila.

 ©Angélica Videira (8ºA_Arganil)

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